De acordo com o presidente da Aprosul, Carmélio Rossi, a semente geneticamente modificada apresenta uma nova perspectiva ao produtor, a partir da redução de custos e facilidade no manejo.
“Nas plantas transgênicas, o controle das ervas daninhas é mais barato e também mais fácil. Este diferencial atrai o produtor”, afirmou o presidente. Segundo ele, a semente transgênica possui um gene diferenciado, que permite o uso de herbicidas específicos mesmo durante o desenvolvimento da planta. “Na soja convencional, o manejo é mais trabalhoso e o herbicida não pode ser aplicado após a germinação da planta”, acrescenta.
Com relação aos custos, segundo o presidente da Aprosul, não há grandes diferenças entre a soja transgênica e a convencional. No geral, são necessários 55 quilos de semente por hectare plantado.
Na soja transgênica, o produtor deve pagar uma taxa de royelty no valor de R$ 0,30 por quilo de semente plantada. A taxa é cobrada pela Monsanto, multinacional detentora do gene exclusivo utilizado nas sementes transgênicas. “Este adicional encarece a compra e utilização das sementes, mas a tendência é que a adesão dos produtores seja cada vez maior”, disse ele.
DOURADOS
Em Dourados, de acordo com o presidente da Aeagran (Associação dos Engenheiros Agrônomos da Grande Dourados), Ângelo Ximenes, a situação não é diferente. Ele também estima que pelo menos 70% da área plantada em Dourados também seja destinada à semente transgênica.
“Os produtores são atraídos pela facilidade de manejo de herbicidas”, explica o engenheiro agrônomo. No entanto, segundo ele, a soja convencional vai continuar tendo espaço nas lavouras, já que existe diferença entre as duas tecnologias na questão da produtividade. “A soja convencional apresenta melhores resultados do que a transgênica. Por isto, muitos produtores preferem manter o plantio tradicional”, explica.
Em Mato Grosso do Sul, a área prevista para o plantio de soja é de 1,7 milhão de hectares. Em Dourados, a área total será de 150 mil hectares.
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