Servidores públicos federais do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) param hoje em Mato Grosso do Sul. Os servidores do Incra iniciam greve por tempo indeterminado em todo o País e reivindicam correção salarial e equiparação de salários entre servidores ativos e aposentados. Já os servidores da Funasa, fazem uma paralisação de 24 horas e protestam em frente à sede da Fundação, localizada na Rua 13 de Maio, na Capital.
A greve do Incra em Mato Grosso do Sul deve atingir quase 100% dos funcionários deixando parado pelo menos 160 trabalhadores. Com esta paralisação, ficam parados os serviços de desapropriação e vistoria de terras, além das documentações de proprietários de determinadas áreas. Em todo o País, o Instituto conta com 6,2 mil funcionários na ativa.
Os servidores estão concentrados em frente à sede do Incra, localizada na Avenida Afonso Pena. Segundo o diretor do Sindicato dos Servidores Públicos Federais, Virgilio Martins, o Governo não atendeu nenhuma reivindicação dos servidores desde a paralisação de 24 horas realizada no dia 17 do mês passado. “Decidimos iniciar a greve para ver se o Governo toma alguma providência”, afirma.
Os trabalhadores cobram reestruturação da carreira, a recomposição da força de trabalho e o reaparelhamento da autarquia, além da manutenção mínima de gratificações aos servidores inativos - hoje em cerca de 4 mil pessoas no País.
Já os servidores da Funasa protestam contra uma proposta do Governo para o congelamento do salário dos servidores por dez anos. Eles reivindicam aumento salarial e prometem entrar em greve a partir da próxima semana, caso não sejam atendidos. Segundo Antônio Carlos Vilharva, que faz parte da Comissão Organizadora do Movimento, a categoria deve aguardar uma decisão dos servidores a nível nacional para decidir sobre uma paralisação geral. Hoje, apenas os servidores da Funasa de Campo Grande estão parados.
No último dia 14, os 6,4 mil servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) entraram em greve em Mato Grosso do Sul e nas outras 26 unidades da Federação numa tentativa de forçar o governo federal a revogar a Medida Provisória 366, que dividiu o órgão em dois. O movimento atinge todos os departamentos do Ibama, inclusive o setor responsável pelo licenciamento ambiental, o que deverá trazer mais dor de cabeça para o governo, empenhado em fazer deslanchar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Os policiais federais e rodoviários federais também podem realizar paralisações, caso não tenham as reivindicações atendidas pelo Governo. Os PRFs reivindicam maior efetivo, necessidade de curso superior para ingressar na carreira, correção das distorções salariais, reestruturação da carreira. Hoje, a categoria faz um protesto e ações de panfletagem na Capital e em Dourados.
Marco Ribeiro |
Os policiais federais fazem reunião hoje para decidir sobre paralisação de três dias prevista para iniciar amanhã e encerrar no dia 24. Os representantes da categoria reúnem-se com o Ministério do Planejamento para discutir o pagamento de 30% da recomposição salarial.
Mídia Max
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