Menu
sábado, 20 de abril de 2024
Busca
Busca
Brasil

Seringueiro Chico Mendes se torna herói no Panteão da Pátria

24 Set 2004 - 17h49
O seringueiro-ecologista e líder sindical Francisco Alves Mendes, o Chico Mendes, tem seu nome no Livro dos Heróis da Pátria. O decreto foi assinado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e publicado no Diário Oficial da União.

O livro encontra-se no Panteão da Pátria, localizado na Praça dos Três Poderes, está em exposição permanente para o público. Nele estão gravados os nomes de grandes personalidades da história brasileira, Joaquim José da Silva Xavier – o Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Marechal Deodoro da Fonseca e D. Pedro I.

Chico Mendes foi assassinado no dia 22 de dezembro de 1988, em Xapuri, no Acre, vítima de um tiro de espingarda calibre 20. O crime foi atribuído a Darly Alves da Silva e seu filho Darci Alves Pereira. O seringueiro é considerado um símbolo da luta pela preservação do meio ambiente no Acre e dos interesses dos povos da floresta, que sobreviviam do que ela gerava: do látex. Denunciava a intensidade e o ritmo com que a floresta estava sendo desmatada.

Um das demonstrações de sua luta foi em março de 1987, quando Chico fez um discurso cheio de denúncias na reunião do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Miami (EUA). Pediu a suspensão do financiamento do organismo para o prosseguimento da construção da BR-364, que cortava o estado de Rondônia e se estenderia até o Acre.

O objetivo do governo, na época, era criar uma saída para o Pacífico, a fim de escoar a produção gerada nos estados amazônicos e no Centro-Oeste pelos portos do Peru. Chico sabia que a estrada tinha provocado danos significativos para os seringueiros de Rondônia, em razão do desmatamento e das queimadas provocadas pelos fazendeiros. Com o apelo, o BID suspendeu o financiamento para a expansão da BR-364 e passou a exigir do governo brasileiro estudos de impacto ambiental na Amazônia.

Além do BID, o Senado dos Estados Unidos, onde o seringueiro também foi convidado a falar, fez recomendações a diversos bancos que patrocinavam projetos desenvolvimentistas na região. Alertou-os de abusos ao meio ambiente como os ocorridos em Rondônia. Outro episódio fez crescer a ira dos fazendeiros acreanos contra Mendes: o reconhecimento ao seu trabalho, pela Organização das Nações Unidas. Em 1987, a ONU conferiu a ele o Prêmio Global 500, de preservação ambiental. Chico Mendes foi o único brasileiro, até hoje, a conquistar este título.
 
 
Agência Brasil

Participe do nosso canal no WhatsApp

Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.

Participar

Leia Também

VICENTINA - PROGRESSO
Prefeito Marquinhos do Dedé lidera avanço histórico rumo ao saneamento completo em Vicentina
Fátima Fest 2024
Agora é oficial Luan Santana divulga em sua agenda a data do show em Fátima do Sul no Fátima Fest
Ajude
Mãe luta por tratamento de filha especial e por sobrevivência dos outros filhos em Campo Grande
Saúde
Repórter Dhione Tito faz cirurgia no joelho e se diz confiante para correr atrás do boi de rodeio
Saúde
Professora de Campo Grande luta contra câncer em estágio avançado e precisa da sua ajuda

Mais Lidas

FOTO: REDES SOCIAISCULTURAMA DE LUTO
Culturama se entristece com a morte de Vanderleia Martins, CEIM divulga Nota de Pesar
OLHA A HISTÓRIA
Mulher é presa por matar namorado e incendiar carro com o corpo dentro
FOTO: GEONE BERNARDOFRENTE FRIA CHEGOU
Frente fria chega com força e traz mínima de 10°C na primeira do ano; confira a previsão
FOTOS: SARA ARAÚJOFÁTIMA DO SUL E SUA HISTÓRIA
Documentário revela as histórias e encantos das ruas de Fátima do Sul
O crime foi cometido durante a madrugada desta quinta-feira (18) / PCMSCOISA DE DOIDO
Mãe e padrasto são presos após abandonar filhos e recém-nascido para roubar moto