A formatura dos 62 técnicos de Angola será nesta quinta-feira na unidade de Dourados
O período foi de treinamento intenso, no total 1.600 horas-aulas, mas o grupo de 62 técnicos angolanos que freqüentou as aulas do curso de operador industrial de fabricação de açúcar e álcool e co-geração de energia elétrica, que o Senai realizou na Agência de Formação Profissional de Deodápolis em parceria com o Grupo Odebrecth, agora se prepara para voltar para a África. A formatura dos técnicos será realizada nesta quinta-feira (17/12) às 9 horas no Senai de Dourados.
Desde o dia 30 de agosto deste ano, divididos em seis grupos, os 62 técnicos angolanos freqüentaram as aulas teóricas - 624 horas - na Agência de Formação do Senai em Deodápolis, e as aulas práticas, que somaram 1.000 horas, dentro da unidade da ETH Bioenergia, pertencente ao Grupo Odebrecht, que trouxe os profissionais africanos para serem capacitados
Após concluída a capacitação, os técnicos vão voltar a Angola para atuarem na usina de açúcar e álcool que está sendo implantada na província de Malanje, a cerca de
Para o gerente da unidade do Senai de Dourados, Gilberto Evídeo Schaedler,a capacitação dos técnicos internacionais permitiu diversificar as práticas pedagógicas, ampliando bagagem cultural e agregando conhecimento. “Foi uma experiência muito interessante para o Senai, muito rica porque houve a oportunidade de troca de experiências tanto no que diz respeito ao trabalho, quanto no aspecto cultural e político”, ressaltou.
O coordenador de desenvolvimento de pessoas da ETH Bioenergia, Daniel Dorli Silveria Duarte, contou que a experiência abriu novas perspectivas de conhecimento e integração entre os técnicos da usina. “Nós contatamos que quando os nossos profissionais se dispõem a ensinar eles também aprendem e esse contato com os angolanos também favoreceu o desenvolvimento do nosso pessoal, que atuou como monitor nesse trabalho”, afirmou, acrescentando que as aulas práticas realizadas dentro da empresa foram muito produtivas.
Perspectivas
O técnico Mpanda Masidivingui, que é um dos formandos, lembra que o país foi destroçado por uma guerra civil de quase três décadas e, por isso, hoje importa absolutamente tudo que consome, inclusive o açúcar, commodity da qual foi uma grande exportadora. “A experiência foi muito importante. Considero que aqui os nossos objetivos foram todos alcançados. O que importa agora é que vamos voltar para o nosso país e ajudar a reconstruir as conquistas que perdemos pro causa da guerra”, disse.
Ele informou que vai trabalhar no setor de planejamento, controle e produção e que os conceitos teóricos e práticos vão permitir que ele realize a contento as atividades. “Sou engenheiro geofísico e estava trabalhando em uma plataforma petrolífera antes de vir para cá. Após essa capacitação do Senai, me sinto apto a exercer minhas funções e se necessário até ensinar outros técnicos no nosso país. Agora vamos todos crescer, eu como profissional, a Biocom e a Angola,”, disse.
Companheiro de setor, o técnico Fortuna da Silva Antonio, que também vai atuar na área de planejamento, controle e produção da Biocon, lembrou que a guerra trouxe muito sofrimento e pobreza ao país, que agora junta esforços para voltar a crescer. “Estamos empenhados em contribuir para o desenvolvimento industrial do nosso país. Acreditamos que a partir de agora com a experiência adquirida estamos aptos a trabalhar e reverter os anos de atraso que sofremos”, pontuou.
Fortuna Antonio explicou que já tem curso de operador industrial e antes de vir para o Brasil estava morando e trabalhando
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