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Senado vai tentar votar amanhã entrada da Venezuela no Mercosul

14 Dez 2009 - 09h50Por Folha Online

O Senado vai tentar votar nesta terça-feira o protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul. Na semana passada, pela quinta vez consecutiva, a Casa adiou a votação do tema.

Na ocasião, a oposição fez diversos discursos para atrasar a análise da matéria, por isso a base aliada decidiu votá-la nesta semana, sem direito a novos discursos da oposição.

O processo de votação teve início, ao contrário das semanas anteriores, mas ainda assim a mobilização dos governistas não foi suficiente para garantir a aprovação do protocolo.

Se for aprovado pelo Senado, o ingresso da Venezuela no bloco econômico ainda não estará garantido. O Paraguai não concluiu a análise do tema, o que atrasa as negociações.

A Argentina e o Uruguai já aprovaram o protocolo de adesão, mas caberá ao Paraguai definir --uma vez que os quatro países-membros do Mercosul têm que avalizar o ingresso da Venezuela para que o país possa efetivamente integrar o bloco econômico.

A oposição é contra o ingresso da Venezuela no Mercosul por considerar que o presidente do país, Hugo Chávez, coloca em risco a democracia no bloco econômico. O governo adiou a votação nas últimas semanas por não ter certeza da vantagem sobre a oposição.

Os oposicionistas criticaram, em especial, o fato de Lula ter anunciado na semana passada que o Senado iria aprovar o ingresso da Venezuela no bloco econômico.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que o Mercosul será prejudicado por ações "chavistas" ao viabilizar o protocolo de adesão. "Quem votar a favor do ingresso da Venezuela que assuma a responsabilidade pelo o que acontecer. Hoje convocamos simbolicamente para a missa de sétimo dia do Mercosul. Vamos atrasar em anos, em décadas quem sabe a integração da América do Sul", disse.

Os governistas, por sua vez, defendem a integração da Venezuela porque consideram que Chávez não ficará no comando do país para sempre.

"Apesar de tudo, eu sou favorável à integração na América do Sul. Se fosse pelo presidente da Venezuela, eu jamais falaria em integrar a Venezuela ao Mercosul. Mas o presidente da Venezuela passa, essas questões ficam", disse o senador Pedro Simon (PMDB-RS).

Líderes governistas admitiram que as recentes declarações do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de que os líderes militares da Venezuela devem estar preparados para a "guerra" no continente, poderiam colocar em risco a aprovação da adesão do país ao Mercosul --por isso só colocaram o tema em pauta quando tiveram certeza de que teriam maioria para aprová-lo.

Chávez fez as declarações há cerca de um mês, o que dificultou as negociações dos governistas para a votação do ingresso da Venezuela no Mercosul.

Comissão

A CRE (Comissão de Relações Exteriores) do Senado aprovou no final de outubro o ingresso da Venezuela no Mercosul. Apesar da pressão de senadores oposicionistas contra a adesão do país presidido por Hugo Chávez no bloco econômico, o governo tinha maioria na comissão para garantir a aprovação do voto em separado do senador Romero Jucá --favorável ao protocolo de ingresso do país no Mercosul.

Antes de aprovar o voto de Jucá, a comissão rejeitou o relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), contrário ao ingresso da Venezuela no Mercosul. A oposição critica a adesão da Venezuela no bloco por considerar que Chávez impôs um regime antidemocrático no país --o que poderia colocar em xeque a democracia na América do Sul.

"Eu não me importo se o Chávez é de direita, de esquerda, se é isso ou aquilo. Mas não podemos considerar preso político como um pequeno detalhe, liberdade de imprensa, um pequeno detalhe, prisão de jornalista é um pequeno detalhe. Isso é incompreensível", afirmou o tucano.

O argumento dos governistas, porém, é que a Venezuela não pode ser penalizada por ter Chávez no poder, uma vez que a adesão do país no bloco é uma questão de Estado, e não do atual governo Chávez.

"Esse é menos um debate sobre questões da política interna da Venezuela do que sobre os interesses estratégicos do Estado brasileiro no tabuleiro internacional. Quem solicita a adesão ao Mercosul não é o governo venezuelano, mas o Estado venezuelano. O governo da Venezuela é transitório; a Venezuela continuará, ao longo da história, a ser vizinha do Brasil", argumentou Jucá no seu voto em separado.

No texto, Jucá não reconhece atitudes antidemocráticas no governo de Hugo Chávez ao considerar que isso é fruto de distorção da imprensa sensacionalista e de organismos internacionais.

O líder governista também argumentou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, da oposição, foi quem deu início às negociações para a adesão da Venezuela ao Mercosul.

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