O documento, publicado ontem pela rede Al-Arabiya, explica que o ex-ditador iraquiano morreu por causa da ruptura das vértebras do pescoço e que passaram 55 segundo desde que o chão se abriu até sua morte, mesmo que seu corpo tenha permanecido pendurado durante cerca de 8 minutos.
Segundo um especialista da Jordânia, "Saddam Hussein foi enforcado a partir da técnica conhecida como inglesa: o condenado morre com a ruptura dos ossos de seu pescoço e não por asfixia", explicou o ex-promotor judicial de Amman, que durante anos esteve encarregado de controlar o correto funcionamento de diversas execuções por enforcamento.
"A execução foi realizada com a utilização de uma corda não fabricada no Iraque, mas no exterior por técnicos altamente especializados. Além disso, o tipo de palha seca usada para formar a corda, o modo como estavam trançados os fios, o tamanho do nó em torno do pescoço, a grande espessura do laço e sua posição não atrás do pescoço, mas de um lado da cabeça, confirmam a intenção de causar a morte não por asfixia", acrescentou o especialista.
Para o procurador "o enforcamento tradicional, com o qual pode-se permanecer agonizando até 25 minutos, é realizado com uma corda menos grossa, com um nó muito mais estreito em torno do pescoço e com um laço situado atrás da cabeça".
"O nó em torno do pescoço de Saddam Hussein estava frouxo, dando assim a possibilidade de a corda impulsionar o queixo para cima e romper as vértebras com o impacto".
"Antes de cada execução os técnicos encarregados de preparar o laço medem a altura do condenado, seu peso, sua pressão sanguínea e a distância que separa o pescoço do queixo", concluiu o procurador.
Bagdá
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