Erraram os que apostaram que o cargo de líder do governo no Congresso estaria para a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA) assim como o cetro e a coroa estão para a rainha da Inglaterra.
Com 50 dias à frente da liderança, inventada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso só para acomodar aliados, a filha dileta do clã dos Sarney entrou em evidência como articuladora política do Planalto, no governo e no Legislativo. "A Roseana é a embaixadora do Planalto no Congresso", define um senador amigo dela.
Após a saída forçada do PFL, no início do ano, para evitar o vexame da expulsão pelo apoio dado e recebido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Roseana deu a volta por cima.
Hoje, circula entre antigos companheiros do DEM (ex-PFL) com a mesma desenvoltura com que entra e sai do gabinete da presidência do Senado e do PMDB. A líder também reabriu o diálogo do governo com os tucanos, fragilizando o radicalismo crescente do PFL, rebatizado de DEM, na oposição.
Roseana fez sua estréia no PMDB e na liderança com um trabalho de reconciliação entre o presidente de seu novo partido, deputado Michel Temer (SP), e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Foi com a bênção de seu pai e senador José Sarney (PMDB-MA), que estava rompido com Temer e se aborrecera com o governo, que Roseana pacificou as cúpulas peemedebistas.
"Ela tem sido eficiente e tem colaborado com o partido", elogia Temer. "O trânsito que ela tem entre as diversas correntes do partido é surpreendente", afirma Renan. "A Roseana não veio para cumprir tabela, veio para liderar o campeonato", completa. Para os peemedebistas, Roseana é a pessoa certa, no lugar certo e na hora certa.
Agência Estado
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