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Repressão a protestos antigoverno já matou 640 na Líbia, diz entidade

24 Fev 2011 - 05h40Por G1

Pelo menos 640 pessoas já morreram na Líbia desde 14 de fevereiro nos protestos contra o regime de Muamnar Kadhafi, anunciou nesta quarta-feira (23) a Federação Internacional para os Direitos Humanos (FIDH).

O número representa mais que o dobro do balanço oficial do governo da Líbia, divulgado na véspera, de 300 mortos.

A FIDH, com sede em Paris, menciona 275 mortos na capital na Líbia, Trípoli, e 230 na cidade de Benghazi, epicentro dos protestos, no leste do país.

As informações vindas do país deflagrado são frequentemente contraditórias, e há estimativas de que o número de vítimas seria maior.

O país se encontra em meio ao caos desde o começo dos protestos, com relatos de que a região leste está totalmente em mãos dos manifestantes. O governo líbio argumenta que as manifestações são orquestradas por elementos ligados à rede terrorista da al-Qaeda.

A equipe da France Presse viu rebeldes - na maioria armados - na estrada próxima ao litoral mediterrâneo que vai da fronteira com o Egito à cidade de Tobruk, a 150 quilômetros mais a oeste.

Por todas as partes há insurgentes com a bandeira da independência de 1951, anterior ao regime de Kadhafi.

A rebelião, parcialmente inspirada nas revoltas das vizinhas Tunísia e Egito, onde governos ditatoriais caíram, se alastrou para Trípoli, a capital, no oeste.

A pressão internacional contra o coronel, no poder desde 1º de setembro de 1969, também cresce.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, pediu à Europa que suspenda todos os laços econômicos com a Líbia e adote sanções contra o país, depois da forte repressão aos protestos da oposição.

"Eu gostaria de ver a suspensão de relações econômicas, comerciais e financeiras com a Líbia até o próximo aviso", disse.

Sarkozy afirmou que, entre as possíveis medidas, estavam o julgamento dos responsáveis, a proibição de viagem deles à União Europeia e um monitoramento de suas transferências de recursos.

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, anunciou no Cairo a suspensão das negociações iniciadas em 2008 com a Líbia para um acordo de cooperação, que incluía um importante capítulo comercial.

Sanções seriam estudadas pelo bloco ainda nesta quarta.

Na véspera, o Conselho de Segurança da ONU pediu o fim da violência, e a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse que seu país tomará medidas "no tempo certo".

Kadhafi diz que fica
Também na véspera, o coronel Kadhafi fez um raivoso discurso televisionado, em que reafirmou que só sai do poder morto e prometeu destruir os opositores como se fossem ratos.

Mas a fala do ditador não intimidou os manifestantes, que mantiveram os atos de rua contra o regime nesta quarta.

Vários países, inclusive o Brasil, organizam-se para retirar seus cidadãos que estão na Líbia.

A União Europeia (UE) está preparada para retirar 10 mil de seus cidadãos que se encontram na Líbia nas próximas horas e dias, incluindo por via marítima, anunciou nesta quarta-feira o Executivo comunitário.

 

Também aumentam as deserções de políticos e diplomatas ligados ao regime, além de líderes religiosos e tribais.

Dois militares ejetaram-se de um caça, que caiu, para evitar um bombardeio a Benghazi, segundo uma fonte militar.

"Êxodo bíblico"
O chanceler italiano Franco Frattini disse temer um "êxodo bíblico" de imigrantes procedentes da Líbia, além de considerar impossível imaginar o futuro no caso de queda do regime.

"Sabemos o que nos espera quando o regime líbio cair: uma onda de 200 mil a 300 mil imigrantes. Dez vezes mais que o fenômeno albanês dos anos 90", afirmou, antes de destacar que estas são estimativas 'otimistas'.

Ele afirmou que o número de mortos até agora no país pode chegar a mil.

A Cruz Vermelha também alertou para um "risco catástrofico" de êxodo em massa de líbios para a Tunísia.

Trezentos palestinos que estão na Líbia receberam autorização de viajar aos territórios palestinos, anunciou, em Jerusalém, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, como gesto humanitário.

"Respondi a um pedido pessoal do presidente (palestino) Mahmud Abbas", afirmou Netanyahu.

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