Em Pedreiras, no sertão do Maranhão, por exemplo, foram identificadas pessoas em casas amplas, com carro e moto, recebendo os benefícios dos projetos Bolsa Escola (R$ 15 a R$ 30 por filho) e Auxílio-Gás (R$ 15 a cada dois meses). Enquanto isso, uma menina de oito anos, Elaine Cristina, da mesma região, espera há dois anos pela ajuda, estudando sem as condições básicas. No caso do Bolsa Escola, o governo estabeleceu que os beneficiários teriam que ter renda por membro da família de no máximo R$ 50.
Um homem de Cáceres (MT), que não foi identificado pela reportagem, admitiu em entrevista ao programa ter mentido sobre suas condições de vida ao preencher o cadastro para ingressar no Bolsa Família. Os outros entrevistados responderam que estão de acordo com os critérios fixados pelo governo federal.
Outro fato identificado pela reportagem do Fantástico foi que muitos beneficiários são servidores públicos ou possuem familiares na máquina governamental. Casos assim foram encontrados em Piraguara, Paraná. Por outro lado, há pessoas que nunca receberam o aviso da Caixa Econômica Federal para retirar o cartão do Bolsa Escola.
Em resposta à reportagem, o ministro Patrus Ananias, no Fantástico, declarou que os problemas identificados seriam corrigidos. "As dificuldades que encontramos são proporcionais ao tamanho do programa", defendeu. O ministro ainda pediu que a população ajudasse na fiscalização da aplicação do Bolsa Família e elogiou a reportagem.
Para o próximo ano, o governo planeja investir no programa R$ 6,7 bilhões e beneficiar 4,6 milhões de famílias.
Terra
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