Banco Central divulga previsão de crescimento de 10 a 11% de crédito, tendo aumento de 24,5% somente no pessoal (até maio deste ano). O saldo de crédito concedido é de R$ 183, 133 bilhões em maio, ante R$ 178,706 bilhões em abril de 2010. No entanto, o consultor de negócios do Sicredi, Jefferson Limonge, alerta para o fato de a renda do trabalhador não acompanhar o movimento e manter-se instável.
“Todo este movimento é absolutamente salutar, indicando um excedente de liquidez no mercado financeiro, que conseqüentemente disponibiliza crédito, estimula a atividade industrial, o consumo interno, advindo de uma fartura agressiva em propaganda de estímulos ao consumo das famílias”, explica o consultor de negócios.
Recentemente, o Governo fez uma programação de incremento no compulsório dos bancos, no qual ainda segundo Limonge, haverá uma diminuição gradual da oferta de dinheiro no
mercado, mantendo então o controle inflacionário: “O importante é fazer com que as pessoas tenham um incremento na renda e que parte desta seja voltada a poupança. É necessário que as pessoas possuam um programa orçamentário que controle seus gastos e investimentos, além de programar suas reservas financeiras”.
Segundo o economista Fernando Abrahão, o acesso ao crédito é uma forma de injetar a moeda no mercado e estimular o consumo, principalmente no setor varejista, que deve ser ponderado; caso contrário, resulta na inadimplência, fato já preocupante. Ele ainda comenta que, apesar do aumento da Selic, as financeiras devem apresentar bons resultados, pois aumentos crescentes e graduais não são sentidos de imediato pelo consumidor.
Contudo, índice da Serasa Experian, empresa especializada na análise de crédito, divulga que a expectativa para a inadimplência do consumidor aumentou 0,3%. E a pesquisa também mostra expectativa de recuo na taxa de inadimplência das empresas na segunda metade do ano, que caiu 1,4% em maio, pelo 13º mês consecutivo.
Além de evitar a inadimplência, os consumidores necessitam refletir a possibilidade de armazenar reservas. “Certamente num futuro próximo, o País pode sofrer com a falta de poupança das famílias, fazendo com que certos orçamentos ou rubricas governamentais para determinados programas possam ser comprometidos”, argumenta Jefferson Limonge.
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