Ao saber que os doentes de lepra tratados durante um tempo prolongado com rifampicina diminuíam as probabilidades de desenvolver o mal de Parkinson, os cientistas decidiram fazer experimentos "in vitro" para comprovar se esse remédio era eficaz para frear a doença.
A investigação coordenada por Fink, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, consistiu em analisar os efeitos do antibiótico rifampicina na luta contra o Parkinson. O uso do remédio não está limitado ao tratamento da lepra, mas também ao de outras doenças como a tuberculose.
Até agora se sabia, a partir de estudos epidemiológicos em leprosos, que os pacientes com esse mal tratados durante anos com rifampicina tinham menos probabilidades de desenvolver demência senil, um mal associado ao Alzheimer e aproximadamente a um terço dos doentes de Parkinso.
Na pesquisa se tentou comprovar se esse fármaco ajudava a prevenir a multiplicação anormal do gene alfa-sinucleína que se detecta a partir da morte de células nervosas do cérebro, quando aparentemente se desencadeia o desenvolvimento do Parkinson.
No entanto, ainda são necessários mais trabalhos para determinar se a rifampicina seria efetiva do ponto de vista terapêutico em doentes de Parkinson.
Por outro lado, outras pesquisas anteriores realizadas em laboratório demonstram que a rifampicina pode ajudar na prevenção de outras doenças além do Parkinson, como o Alzheimer, lembrou Fink.
EFE
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