O anúncio, no final da greve dos bancários em Dourados, soou como um alivio pra muita gente que buscava resolver questões financeiras. O resultado dessa greve, no entanto, é que, trará um impacto grande na economia da cidade e região. O reajuste de 6%, a nova regra para a PLR adicional e o abono de R$ 700, 00 reais na Caixa Econômica prevê uma distribuição de renda e um estimulo no consumo de produtos e serviços.
Conforme dados apurados pelo Sindicato dos Bancários que tem cerca de 800 bancários na sua base sindical, o montante a ser injetado no comercio da região chegará a cerca de R$ 7.000.000,00. Deste, só na cidade de Dourados, que conta com 450 bancários, será injetado cerca de R$ 3.907.000,00(Três milhões novecentos mil reais), o resultado foi feito com calculo mínimo, podendo esse valor chegar a 4 milhões, vale lembrar que.nesse calculo não está incluindo ainda o 13º salário.
O aumento servirá ainda de referência para outras categorias e é uma forma de dinamizar a economia principalmente neste momento, uma vez que a categoria investirá esse dinheiro na própria economia, comprando itens de consumo nas cidades ajudando com isso no crescimento do Estado.
A greve é um instrumento legal de lutas, mesmo assim, ela é utilizada só depois de esgotadas todas as possibilidades de negociações. A categoria bancária vem a muito tempo sofrendo perdas, principalmente na redução de postos de trabalhos, demissões e outros itens. “Quando o bancário se propõe a lutar por novas conquistas ele não olha somente para o seu bolso, ou para interesses particulares e isso não é compreendido por muitas pessoas”, informa o presidente da entidade Joacir Rodrigues.
A greve tornou-se nos últimos anos uma batalha jurídica, já que somos interpelados pelos bancos na Justiça do Trabalho, principalmente pelo Itaú e Bradesco, que procuram nos impor limite de lutas, através de Interditos, ao invés de respeitar seus trabalhadores, clientes e usuários. Mas o objetivo é de garantir os nossos direitos e a “briga” direta é com os banqueiros. Além de reivindicar, temos que enfrentar os ataques que os banqueiros impõem a sociedade, clientes e usuários, que pagam tarifas exorbitantes e altos juros, nem sempre contando com o atendimento que merecem, pela falta de funcionário nas agências. Para o presidente do Sindicato dos Bancários, “um exemplo claro dessas conquistas, que refletirá diretamente no melhor atendimento à população, foi o compromisso do Banco do Brasil de contratar mais 10.000 bancários e da Caixa Econômica na contratação de mais 5.000, fruto da luta da categoria nessa greve que durou 28 dias na Caixa e 15 nos demais bancos, exemplo que deveria ser seguido pelos bancos particulares se esses tivessem alguma responsabilidade social”, finaliza Joacir Rodrigues.
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