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Brasil

Ramez morre aos 70 anos em decorrência de câncer

18 Nov 2006 - 06h59

Depois de mais de 20 anos de luta contra um inimigo invisível, o senador Ramez Tebet (PMDB), 70 anos, foi vencido hoje, às 23h23, pelo câncer. Ele estava em casa acompanhado da esposa, Fairte Nassar Tebet e dos filhos Simone, prefeita de Três Lagoas, Eduarda, Rames e Rodrigo. Há uma semana, os médicos que cuidavam do senador haviam interrompido a medicação, que estava lhe provocando reações alérgicas. Ramez faleceu devido a complicações do quadro clínico em decorrência do câncer no fígado. Na década de 80, a doença já havia atingido um dos rins do senador. Posteriormente, se manifestou na bexiga e no fígado.

O corpo do senador será velado das 2h às 9h da manhã na Assembléia Legislativa e em seguida será levado para Três Lagoas, onde os amigos do senador vão prestar condolencias à família de Ramez a partir das 11h, no ginásio municipal de esportes. O sepultamento do corpo do senador será às 18h no cemitério municipal de Três Lagoas.

História - Conhecido pelos colegas parlamentares como um senador “linha dura”, ferrenho opositor do Governo Lula, criticava a aproximação da ala lulista do PMDB do PT e a troca de apoio por cargos no governo federal. Defendia uma relação institucional com o Planalto e o apoio a projetos de interesse do país. A assiduidade e a atuação do senador no Congresso foram reconhecidas pelo DIAP (Departamento Inter-Sindical de Acompanhamento Parlamentar), que o listou entre as cem mais importantes lideranças políticas do Congresso Nacional.

A agressividade na tribuna, dos discursos inflamados, dava lugar ao “pacificador” nos bastidores políticos e a um homem de hábitos simples no ambiente doméstico, que não abria mão de garapa e água de coco, e que era “bom de garfo”, segundo a família. Era filho do libanês Taufic Tebet, que veio para o Brasil com os irmãos em 1927, e que se estabeleceu em Bauru (SP) e posteriormente em Três Lagoas, onde abriu a Casa Violeta de Secos e Molhados. Foi na cidade que conheceu a libanesa Angelina Jaime, com quem teve quatro filhos. Ramez, o segundo mais velho, formou-se em Direito e foi promotor público e professor universitário, antes de se dedicar à vida pública. “Ser político é ser doador, é ajudar o próximo. Temos o dever de ajudar aquele que é o irmão”, dizia, ao definir o próprio ofício.

Em 40 anos de atuação no Executivo e Legislativo, foi prefeito (convocado) de Três Lagoas (1975-1978); secretário estadual de Justiça (1978) e deputado estadual (1979-1982), período em que relatou o projeto de lei que deu origem à primeira Constituição Estadual. Foi vice-governador no primeiro mandato de Wilson Barbosa Martins (PMDB), de 1982 a 1986, assumindo o Governo do Estado em março de 1986 – quando Martins se afastou do cargo para concorrer ao Senado Federal. Ramez permaneceu no comando do Executivo até 1987. Foi ainda superintendente da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste), entre 1987 e 1989.

Em 1995, foi eleito para o primeiro dos dois mandatos no Senado Federal (1995-2003 e 2003-2011). Seis anos depois (2001), assumiu o comando do Ministério da Integração Nacional, na gestão do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), cargo do qual pediu demissão para concorrer à Presidência do Senado. Foi eleito e permaneceu à frente do Senado e do Congresso Nacional entre 2001 e 2003. Além de membro de comissões permanentes da Casa, Ramez presidiu o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e a Comissão de Assuntos Econômicos, bem como as CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) do Judiciário e da Mineração.

Projetos - A isenção da taxa para aquisição da primeira carteira de identidade e a tipificação do crime de tortura foram alguns dos projetos apresentados por Ramez no Congresso. Também são propostas dele a alteração da idade para a aposentadoria compulsória do servidor público; a utilização dos recursos do FGTS para custear os estudos dos filhos dos trabalhadores, entre outras. Foi relator da nova Lei de Recuperação de Empresas, que substituiu a antiga Lei de Falências, do projeto Sivan (Sistema de Proteção da Amazônia) e do Orçamento Geral da União.

 

 

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