Das 2.137 instituições de ensino superior (IES) avaliadas em 2009 pelo Ministério da Educação (MEC), quase 40% obtiveram resultados insatisfatórios, de acordo com os dados do Índice Geral de Cursos (IGC), divulgados ontem (13).
O indicador avalia uma faculdade, centro universitário ou universidade a partir da qualidade de seus cursos de graduação e pós-graduação, em uma escala de 1 a 5.
Os resultados 1 e 2 são considerados insatisfatórios; 3, razoável; e 4 e 5, bons.
Do total de instituições avaliadas, 12 obtiveram nota 1, a menor possível. Elas já estão submetidas a um processo de supervisão.
Assim que tiver início o semestre letivo, as instituições serão visitadas por comissões de avaliadores do MEC e podem ser descredenciadas ou assinar termos de compromisso para sanar as deficiências encontradas.
As 12 faculdades com nota 1 representam 0,67% do total avaliado e as que receberam nota 2, 38,32%.
Todas as instituições de ensino superior com IGC inferior a 3 serão visitadas pela comissão de supervisão do MEC.
Esse grupo formado por especialistas analisa as condições da oferta de ensino considerando o regime de trabalho e a titulação do corpo docente, a infraestrutura e os projetos pedagógicos.
A partir desse diagnósticos poderá ser firmado um termo de compromisso com medidas para superar as deficiências, entre elas a redução de vagas ou a suspensão de novos ingressos.
Em último caso, se essas orientações não forem observadas, a instituição pode ser descredenciada.
A maior parte (52,7%) das IES avaliadas obteve conceito 3, considerado razoável. Apenas 25 universidades podem ser consideradas de excelência, com nota 5 – 1,39% do total avaliado.
As IES com nota 4, também desempenho considerado satisfatório, representam apenas 6,92%.
Na avaliação do ministro da Educação, Fernando Haddad, há um movimento positivo para melhorar a qualidade do ensino superior, inclusive no setor privado.
“Os avaliadores que fazem a visita in loco são testemunhas de que nossas instituições estão melhorando, buscando resultados, oferecendo condições de infraestrutura mais adequadas.
As exceções têm que ser trabalhadas dentro do Sinaes [Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior] com as penalidades previstas em lei”, defendeu.
De acordo com o ministro, as IES não podem mais utilizar o preço da mensalidade como estratégia para atrair o aluno.
“Não adianta capturar o estudante pelo prelo porque o Estado vai interferir [se a qualidade for ruim] e descredenciá-lo.
Não queremos essa competição [de quem oferece o menor preço]. O Sinaes está produzindo efeitos positivos”, disse.
Há ainda 344 IES sem conceito, que representam 16,1% do total. Um estabelecimento de ensino fica sem conceito quando a amostra de alunos ou cursos participantes das avaliações que compõem o IGC é considerada insuficiente
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