De acordo com a Eletrosul, responsável pelo empreendimento, um grupo de trabalhadores contratados pelo consórcio São Domingos, composto pelas empresas Engevix e Galvão, começou uma briga que provocou um incêndio nos seis pavilhões usados para alojamento dos mil trabalhadores da obra. Eles também atearam fogo no centro ecumênico, no refeitório, na guarita e no centro de inclusão digital.
Os trabalhadores da usina foram retirados do local e levados para alojamentos em municípios vizinhos, como Água Clara, Três Lagoas, Ribas do Rio Pardo e Campo Grande. A Polícia Militar foi ao local do tumulto e deteve cerca de 80 pessoas supostamente envolvidas no episódio. A Eletrosul também pediu o apoio da Secretaria de Segurança de Mato Grosso do Sul.
Hoje (25) a Eletrosul, a Polícia Federal, a Polícia Militar e o consórcio construtor estão no canteiro de obras para fazer o levantamento dos estragos. O Ministério de Minas e Energia, a Eletrobras, o Gabinete de Segurança Institucional e a Casa Civil da Presidência da República foram informados dos acontecimentos.
A usina, que terá potência de 48 megawatts (MW), começou a ser construída em junho de 2009 e a previsão é que ela entre em operação em 2012. O investimento total na obra, prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), é de R$ 366 milhões.
Em Jirau, as obras na usina foram interrompidas por causa dos protestos dos trabalhadores, que resultaram na depredação do canteiro e no incêndio de alojamentos. Por medidas de segurança, as obras na Usina Santo Antônio, no Rio Madeira, a cerca de 120 quilômetros de Jirau, também foram paralisadas.
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