O Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) concedeu, em 2009, R$ 2,2 bilhões aos microempreendedores.
De acordo com o coordenador geral do PNMPO, Max Coelho, o programa ajuda pessoas que não são atendidas pelo sistema financeiro tradicional.
“Elas não têm garantias reais, como fiador e renda comprovada, e por isso não conseguem crédito nos bancos. O microcrédito orientado possibilita que estas pessoas superem os obstáculos de garantia e consigam iniciar seu negócio por meio de garantias solidárias”.
A garantia solidária permite que o microempreendedor pegue o crédito individual, e forme grupos que irão garantir o pagamento. São formados grupos de no mínimo três pessoas com um líder. O grupo se une e adota um sistema de vigilância que garante o pagamento das parcelas, explica Max.
O volume de crédito concedido em 2009 teve aumento de 26,60% em relação a 2008, quando foi liberado R$ 1,8 bilhão.
Esse número já representava um crescimento de 63,60% ante 2007. Também houve elevação de 19% de empréstimos concedidos no último semestre de 2009, com a liberação de mais de R$ 680 milhões.
Os números foram apresentados durante a abertura do IV Seminário de Microcrédito, no Rio de Janeiro pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.
“É excelente atingir a marca de um milhão de clientes, mas essa é uma ação que tem potencial para beneficiar até 15 milhões de trabalhadores. Para alcançá-los temos que reduzir os juros e divulgar mais o programa”, avaliou Lupi. “
Num país em que a inflação é de 4% ao ano, não faz sentido cobrar taxas de 4% ao mês desses trabalhadores, que já venceram tantos desafios e precisam de apoio”, ponderou o ministro.
Em 2009 o número de clientes teve aumento de 68,60% em relação ao ano anterior, passou de 647.811 para 1.092.160. As mulheres representam 60% do público de microempreendedores tomadores de crédito.
Além disso, o programa aprovou, em 2009, a concessão de R$ 100 milhões ao Banco do Nordeste para a expansão do Crediamigo e concedeu R$ 16 milhões para a Caixa Econômica Federal repassar a mais de 30 organizações habilitadas, ambos com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Também foi lançada a Chamada Pública de Parcerias, no valor de R$ 2,4 milhões, para o fomento das instituições de microcrédito habilitadas; início de 20 mil operações de microcrédito junto aos beneficiários do Programa Bolsa Família, com liberação das primeiras parcelas, totalizando R$ 1,6 milhão; e apoio ao desenvolvimento institucional de nove organizações de microcrédito, com liberação das primeiras parcelas no valor de R$ 1,076 milhão.
Outra iniciativa do programa foi a capacitação de 169 Agentes de Crédito de mais de 100 instituições habilitadas e a inclusão da profissão de Agente de Crédito na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), beneficiando diretamente milhares de funcionários de organizações de microcrédito.
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