A Federação Agrária Argentina (FAA) ameaçou bloquear na segunda-feira (04/04) a entrada de caminhões com suínos procedentes do Brasil se o governo não limitar a importação desses animais.
De acordo com o vice-presidente da FAA, Omar Barchetta, a importação de porcos do Brasil subiu 80% nos últimos três meses em comparação ao mesmo período de 2010, o que faz com que os preços na Argentina caiam e os frigoríficos não recebam a produção nacional.
Além disso, as fábricas do setor pagam pela carne suína brasileira cerca de 10 ou 12 pesos (aproximadamente R$4) a menos que o preço do mercado local.
“Eles invadem o mercado e são um problema para o produtor argentino, que não pode esperar seu animal ficar pronto para vender”, afirmou Barchetta, acrescentando que o governo de Cristina Kirchner precisa regular a entrada de porcos.
Dirigentes da organização preveem se reunir nesta segunda-feira (04/04) em Buenos Aires para avaliar a possibilidade de realizar um protesto contra a entrada de porcos na fronteira entre Argentina e Brasil, as duas maiores economias do Mercosul, também integrado por Uruguai e Paraguai.
“O próprio governo incentivou a criação de porcos e há muita gente entusiasmada em diversificar o negócio da carne na Argentina, um tradicional produtor e exportador mundial de carnes bovinas", ressaltou Barchetta.
Cristina Kirchner anunciou no ano passado o início de um convênio de compensações para impulsionar a produção suína no país, durante um ato no qual destacou os efeitos positivos da carne de porco inclusive “na atividade sexual”
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