A Polícia Rodoviária Federal lança nesta quinta-feira a partir das oito horas, uma campanha educativa pela utilização de cinto de segurança. Nestes nove anos de vigência do Código de Trânsito Brasileiro, verifica-se uma conscientização muito maior do condutor e do passageiro quanto ao uso do cinto nos bancos dianteiros. No entanto, tem sido observado que nos bancos traseiros falta disciplina, tanto é que, nas fiscalizações rotineiras, verifica-se que em muitos veículos os Policiais Rodoviários Federais notam que os cintos ficam enfiados embaixo do assento, às vezes sujos e sem condições de uso.
Nas estatísticas realizadas pela Polícia Rodoviária Federal, verificou-se que, no ano de 2006, foram registrados 66.034 feridos e 6.111 mortos em todo o Brasil. Em Mato Grosso do Sul, nos três primeiros meses deste ano, foram registrados 529 acidentes, com o saldo de 392 feridos e 42 mortos, sendo que desse total 2% eram pedestres, 52% condutores dos veículos e 46% eram passageiros. Não há dado concreto sobre quantas vítimas estavam nos bancos traseiros, mas estima-se em 60% dos passageiros, o que já é um dado relevante para se realizar um trabalho contínuo de conscientização.
A Polícia Rodoviária Federal realiza em todos os 21 Postos de Fiscalização no Estado de Mato Grosso do Sul um trabalho que visa implementar a consciência nos usuários da rodovia. Para tal, a PRF conta com a sensibilidade e profissionalismo de seus agentes no sentido de realizar a fiscalização de uma forma diferenciada, e não somente fazer a verificação da infração, mas de orientar os usuários em busca de uma maior conscientização, visto que, notadamente, o uso do cinto da segurança para quem trafega nos bancos dianteiros nos veículos de passeio teve boa aceitação e virou hábito, a maior necessidade é difundir a idéia e mudar comportamento daqueles que viajam no banco traseiro e não colocam o cinto. Assim, a Polícia Rodoviária Federal teve a iniciativa de fiscalizar de forma educativa, porque envolve quebra de paradigmas, e o trabalho tem que ser duradouro de forma a não ser confundido como uma ação com o intuito único de multar os infratores.
Na falta do uso do cinto de segurança, o condutor ou algum passageiro flagrado poderá sofrer as medidas administrativas previstas: retido até a regularização (até que todos coloquem o cinto de segurança) e multa de R$ 127,69 e 5 pontos na carteira de habilitação do motorista. Caso o equipamento esteja em falta ou com defeito, a multa é aplicada ao proprietário do veículo. Os veículos irregulares serão retidos até a regularização e estarão sujeitos às penalidades previstas em lei.
O Inspetor Valter Aparecido Favaro, Superintendente Regional da Polícia Rodoviária Federal aponta, ainda, outros problemas relacionados à falta do cinto de segurança no banco traseiro: as crianças: "Em viagens longas, muitos pais reclamam que não conseguem manter os filhos (crianças) com cinto de segurança o tempo todo. Porém, a ação da PRF visa conscientizar, de modo que o detalhe faça a diferença para a preservação da vida, em caso de acidente". Inspetor Favaro recomenda que "- o condutor faça pequenas paradas de 10 a 20 minutos a cada duas a três horas para que ele restabeleça o estado de atenção, evitando a chamada hipnose na condução veicular (quando o condutor dirige por muito tempo, e, com isso, tem seus reflexos diminuídos). Esta parada serve para dar a atenção aos filhos, para que eles também se movimentem. O que não pode é colocar as vidas em risco, e deixá-los viajar sem cinto de segurança", lembra, e conclui – "precisamos reforçar as campanhas com o objetivo de mudar a cultura das pessoas em uma luta constante, trabalhando com todas as idades, visto que o hábito do uso do cinto de segurança pode ser adquirido desde pequeno".
Existem maneiras adequadas de se colocar cinto de segurança em pessoas de acordo com o seu biótipo, bem como em gestantes. No lançamento da campanha o Inspetor Anderson Sidrack, chefe do Núcleo de Registro e Medicina Rodoviária, estará realizando as devidas demonstrações e esclarecendo dúvidas aos usuários da via.
Curiosidades sobre o cinto de segurança :
- Sem o cinto, as chances de se machucar em um acidente são quatro vezes maiores, e não apenas para os ocupantes do banco dianteiro.
- Na hora de um acidente, o passageiro de trás é jogado contra o banco dianteiro com o peso de um elefante. Uma pessoa com 70 quilos, viajando no banco braseiro, no caso de uma batida a uma velocidade de 50km/h, seu peso passaria, no impacto, para 1.050 quilos.
- Em um levantamento feito pelo Hospital Sara Kubitscheck de Brasília, revela que de cada dez vítimas de acidente de trânsito atendidas pelo hospital, três estavam no banco traseiro, e não usavam o cinto de segurança.
- 30% das lesões fatais em colisões foram causadas porque a vítima bateu contra o volante.
- Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), 70% das pessoas que morrem ou sofrem lesões em batidas estavam no banco de trás do carro. Outro dado aponta que 80% das mortes de motoristas e passageiros do assento da frente poderiam ser evitadas se os ocupantes estivessem utilizando o equipamento. O uso correto do cinto também reduz em até 60% o risco de falecimento;
- As condições inadequadas de transporte foram responsáveis por 25% das mortes de crianças e adolescentes por causas externas (violência e acidentes) registradas no Brasil em 1998 – 5.565 de um total de 21.692 óbitos, segundo dados do Ministério da Saúde;
- Sete de cada dez pessoas que chegam ao Hospital Sarah e viajavam no banco traseiro sem cinto de segurança, sofreram lesão medular nos acidentes em que foram vítimas, e quem viaja no banco traseiro sem cinto de segurança corre grandes riscos de graves ferimentos e pode matar o ocupante do banco da frente, mesmo que ele esteja usando o cinto de segurança;
- O cinto de segurança foi projetado e utilizado durante a 2ª guerra mundial para que os pilotos de avião que precisassem fazer pousos forçados não fossem jogados para fora da aeronave. Comprovada a qualidade, a industria automobilística aproveitou a invenção para trazer mais segurança aos ocupantes do veículo;
Observação: As informações abaixo tiveram como fontes: cartilha Abramet e Michel Kalil dos Reis (loja Alô Bebê, Alô Kids).
Acessórios de transporte disponíveis no mercado e uso por faixa etária
* cintos de segurança infantil (condenado pelos especialistas)
Tipo colete : é preso no encosto do banco traseiro ou no cinto de segurança do veículo e permite que a criança se movimente livremente
Faixa etária: de 1 a 11 anos
Preço: em torno de R$ 40,00
Faixa etária: de 1 a 11 anos
Preço: em torno de R$ 40,00
Bebê-conforto : em formato de "concha", deve ser instalado no sentido inverso ao da posição do banco traseiro, o que evita que a cabeça do bebê seja submetida a trancos em freadas e colisões.
Faixa etária: de 0 a 1 ano ou até 9 kg
Preço: de R$ 130,00 a R$ 220,00
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Preço: de R$ 130,00 a R$ 220,00
Cadeirinha : com ou sem braços, serve para crianças que já possuem controle do pescoço e da cabeça. Possui cinto de cinco pontas, que passa pelas regiões torácica e abdominal e pelo meio das pernas da criança.
Faixa etária: de 1 a 4 anos ou 9 a 18 kg
Preço: R$ R$ 150,00 a R$ 1.020 (a mais cara é um modelo com quatro posições de inclinação, que pode ser usada des
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