Efraim quer que a convocação seja aprovada por unanimidade, da mesma forma como foi aprovado anteriormente o convite ao ministro. Para ele, Palocci quebrou o acordo feito com a comissão, de que bastaria acertar, por telefone, a data do seu depoimento, ainda este ano.
Segundo Efraim, o ministro ligou para ele ontem, no início da noite, depois da tentativa do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Murilo Portugal, que sondou o senador sobre a possibilidade de adiar o comparecimento de Palocci para o próximo ano.
Efraim disse que negou o pedido as duas vezes, tanto para Portugal quanto para Palocci. Segundo ele, no telefonema, o ministro disse que não aceitava mais o convite, e que preferia que a questão fosse definida no voto. "No meu entender ele desrespeitou o acordo e prefere que o assunto vá para votação", afirmou Efraim. Coincidentemente o quórum hoje dos aliados, na CPI, é maior que da oposição: 8 a 6.
O presidente da CPI acredita que o requerimento de convocação de Palocci seja votado na próxima terça-feira e, se for o caso, a comissão poderá ouvir o ministro no dia seguinte, Quarta-feira.
Mas os senadores governistas como Tião Viana (PT-AC) e Augusto Botelho (PDT-RO) dão o caso por encerrado e acreditam que o ministro só vai depor na CPI no ano que vem.
Ao explicar sua decisão de não apoiar a convocação do ministro, Botelho afirmou: "quando alguém está se afogando eu não ponho a mão na cabeça para empurrá-la para baixo. Ao contrário, eu dou a mão para puxá-lo para cima".
Perguntado se a comparação se aplicava ao ministro da Fazenda, Botelho reconheceu que pelo menos diante da queda do PIB "o ministro se afogou um pouco".
Estadão
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