Os integrantes da quadrilha de tráfico internacional de drogas presos na Operação Curitiba, da Polícia Federal (PF), movimentavam cerca de R$ 2 milhões por mês, com um volume de mais de 100 quilos mensais de cocaína.
Segundo o superintendente da PF no Rio Grande do Sul, José Francisco Mallman, a droga que entrava no Brasil por Foz do Iguaçu (PR) vinha da Bolívia, passando pelo Paraguai. A mistura era feita em São José (SC) e o produto final era distribuído no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e em São Paulo.
A operação começou no final de 2006, em Mato Grosso do Sul, e terminou hoje, dia 26, no Rio Grande do Sul, com a prisão de 21 pessoas, dentre elas, quatro paraguaios fornecedores da droga.
“Os criminosos serão indiciados por tráfico internacional de drogas, formação de quadrilha e associação para o crime. Estarão sujeitos a penas que variam de 35 a 55 anos de prisão”, disse Mallmann, acrescentando que as detenções foram feitas nas cidades gaúchas de Gravataí, Lajeado, Charqueadas, Alvorada e Porto Alegre
A PF também apreendeu 34 quilos de cocaína pura e 35 quilos de produtos usados para o refino da droga. Segundo Malmann, ao serem misturados à cocaína pura, esses produtos poderiam ser transformados em 350 quilos da droga para a redistribuição.
Foram apreendidos, ainda, automóveis de luxo e interditados dois imóveis que, de acordo com o superintendente, eram de propriedade dos chefes da quadrilha. Um apartamento em Porto Alegre e uma casa em Capão da Canoa, no litoral Norte do Rio Grande do Sul, ambos avaliados em R$ 300 mil.
Outros mandados de prisão ainda estão sendo cumpridos durante e nos próximos dias poderão ocorrer novas prisões, inclusive em outros estados. A quadrilha tinha ligações com o grupo de Fernandinho Beira- Mar.
- Eles eram ligados ao Fernandinho Beira-Mar e ao Erinei Domingo Soligo, o Pingo, que estão presos. Desarticulamos a espinha dorsal do grupo. Era a maior quadrilha de traficantes atuando atualmente no sul do país. Desde 2001, quando começaram a agir, já movimentaram mais de 5 toneladas de cocaína - informou Mallmann.
O grupo, segundo ele, movimentava mensalmente cerca de dois milhões de reais, tra zendo do Paraguai cerca de 200 quilos de cocaína todo o mês, que eram distribuídos principalmente na Grande Porto Alegre e enviados também para Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Pará. Parte da droga também era remetida para a Argentina, Uruguai e Europa, através de conexões na Espanha.
De acordo com o superintendente da PF, a quadrilha era chefiada pelo traficante José Paulo Vieira de Mello, o Paulo Seco, que comandava o grupo de sua casa em Ciudad del Este, no Paraguai. Este não foi preso e está foragido no Paraguai mas, segundo Mallmann, está sendo procurado pela polícia local e pela Interpol. As sim que for detido deverá ser deportado para o Brasil. Enviada do Paraguai, a droga chegava ao Rio Grande do Sul através de fazendas em São Borja, na fronteira com a Argentina.
Agência Brasil
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