Uma quadrilha internacional de clonagem de celulares, cuja base operacional funcionava no centro de Campinas, a 100 quilômetros de São Paulo, foi desmantelada pela Polícia Civil do Paraná. Mais de 200 mil aparelhos foram adulterados em todo o país, de acordo com as informações encontradas em um dos computadores usado pelos criminosos.
A polícia paranaense estima que o bando seja responsável por pelo menos 70% das clonagens feitas nos aparelhos das operadoras em todo o país. A principal suspeita dos policiais é que a quadrilha prestava serviços para organizações criminosas espalhadas pelo mundo, incluindo as máfias russa e vietnamita.
"Toda a parte logística da quadrilha era centralizada em Campinas. Por intermédio desta base eles tinham ramificações em outros estados brasileiros", afirma o delegado Marcus Vinícius Michelotto, chefe do Cope (Centro de Operações Especiais).
A apresentação da quadrilha foi feita na tarde desta terça-feira, na sede do Cope, em Curitiba, mas as prisões ocorreram na última quinta-feira, em seis apartamentos residenciais, no centro de Campinas. Estão presos William Wadith Zakhour, de 47 anos, apontado como o chefe do bando, a namorada dele, Mariana Ferreira Cardoso da Silva, de 25; o irmão dela, Abrahão Correia da Silva Filho, de 32; Rosa Soares de Oliveira Gomes e o vietnamita Tran Van Quang, ambos de 46.
Segundo o delegado Michelotto, a quadrilha vinha agindo há pelo menos cinco anos no Brasil e no exterior. Em 2001, Zakhour havia, inclusive, sido condenado a 6 anos e 3 meses, pelo mesmo crime, pela Justiça Federal de Garapuava, no Paraná, e na Bolívia. O delegado conta que o chefe da quadrilha pode ser de origem árabe, por causa de seu sotaque, mas os documentos dele apontam que nasceu em Espírito Santo dos Pinhais, no Paraná.
Globo On line
Participe do nosso canal no WhatsApp
Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.
Participar