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Prendendo Artuzi, Carlinhos e Sidlei, Zezinho vira prefeito

9 Mar 2010 - 18h17Por Dourados Informa

A cadeira de prefeito de Dourados poderá ser ocupada temporariamente pelo vice-presidente da Câmara, Zezinho da Farmácia (PSDB). Isso se o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul acolher pedido do procurador-geral de Justiça, Miguel Vieira da Silva, protocolizado na sexta-feira passada, e decretar a prisão do prefeito Ari Artuzi (PDT) e do vice Carlinhos Cantor (PR) por suposto envolvimento nas Operações Owari e Brothers.

Pela ordem seria o presidente da Câmara, Sidlei Alves (DEM), a assumir a vaga de prefeito, mas ele também estaria em posição delicada porque foi preso durante a operação.

O relator do processo é o desembargador Claudinor Abss Duarte, o mesmo, segundo o blog do jornalista Valfrido Silva, que mandou soltar os 41 presos das Operações Owari e Brothers em julho do ano passado. O pedido de prisão teria 42 páginas. As informações sobre o caso são desencontradas e marcadas por silêncio na prefeitura.

A redação do douradosinforma ligou, por duas vezes nesta tarde, para o celular do secretário de Imprensa e Comunicação, Eleandro Passaia, mas ele não atendeu. Ligou também para o presidente da Câmara duas vezes e ele também não atendeu.

O Correio do Estado, em reportagem da sucursal local, informou hoje que apesar da ameaça de prisão o prefeito estaria mantendo rotina normal de trabalho, mas ontem Artuzi esteve na Capital assinando convênios na Caixa e circulou a informação extra-oficial de que hoje ele estaria em Brasília (DF).

O procurador-geral de Justiça, Miguel Vieira da Silva, denunciou o prefeito de Dourados por envolvimento nos crimes apurados na Operação Owari, realizada pela Polícia Federal em julho do ano passado. Como tem foro privilegiado, ele foi denunciado ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

O MPE denunciou o prefeito, o comerciante Sizuo Uemura e o empresário Eduardo Takashi Uemura. O grupo é acusado de fraudar licitações públicas para a exploração de prestação de serviços em várias áreas de saúde a atividade funerária em Dourados.

Em julho do ano passado, policiais federais prenderam 42 pessoas, entre políticos, servidores públicos, empresários e profissionais liberais. Entre os denunciados estão os ex-secretários de Governo, Darci Caldo, o ex-assessor especial da prefeiutra, Jorge Antônio Dauzacker da Silva, os vereadores Humberto Teixeira Júnior, Paulo Henrique Amos Ferreira e o Sidlei Alves da Silva (presidente da Câmara Municipal), o secretário municipal de Saúde, Sandro Ricardo Bárbara, entre outros.

Na investigação efetuada pela Polícia Federal, aponta o chefe do MPE que ficou evidenciada a existência de uma influente organização criminosa liderada por Sizuo Uemura, voltada à prática de vários crimes, muitos deles em prejuízo da administração pública, realizados através de contratos firmados entre suas empresas, algumas em nome de terceiros, com empresas públicas e municípios, advindos de procedimentos licitatórios fraudados, direcionados previamente para a contratação das empresas.

Durante a investigação, feita por de determinação de Silva, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) encontrou indícios do envolvimento do atual prefeito de Dourados no esquema montado para beneficiar a organização criminosa da família Uemura com uso de dinheiro público.

As denúncias envolvem crime de quadrilha ou bando, de fraude à licitação, de corrupção, entre outros, segundo a assessoria do MPE.

Na sessão de ontem da Câmara o vereador Marcelo Barros (DEM), o único a fazer oposição mais dura à administração, exigiu que o prefeito deixe o cargo e cuide apenas dessa questão jurídica que o envolve.

Mas a Câmara se viesse a ocorrer essa situação atípica no âmbito regional teria que instalar uma CPI para pedir o impeachment do prefeito para cassá-lo e só assim Dourados teria uma outra eleição. Mas não se sabe como uma CPI seria instalada na Casa onde o prefeito tem maioria folgada.

Nos bastidores corre a informação também de que a decisão no TJ/MS poderia sofrer influência política do Parque dos Podres e o momento de indecisão e turbulência seria pacificado. Assim o prefeito não correria risco de perder o cargo.

Diante da indefinição e das contradições postas corre também a notícia de que a prisão preventiva ou não seria decretada ainda nesta semana e que a parte jurídica que defende Artuzi já teria preparado um pedido de hábeas corpus preventivo.

O advogado do prefeito, Newley Amarilha, segundo o Correio do Estado de hoje, ainda guarda a notificação do TJ/MS para poder tomar alguma medida e ter acesso ao processo que estaria correndo em segredo de Justiça.

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