Sidrolândia calcula em R$ 100 milhões os prejuízos com a perda de 50% da produção de soja esperada para esta safra. Pelos cálculos do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Nilo Cervo, de uma produção esperada de 432 mil toneladas, 129 mil toneladas foram perdidos porque apodreceram e rebrotaram nas vargens e os grãos perderam valor comercial.
Um exemplo desta situação é da família Camparin, detentora de 6.500 mil hectares de área plantada. Segundo o vereador Di Cezar que fez um levantamento das perdas na região, pelo menos
Outro produtor, Lúcio Basso, prefere não estimar o prejuízo, mas cálculos preliminares indicam perda de R$ 3 milhões por conta da quebra de 50% da produção. Com 4.150 hectares plantados, entre soja e algodão, o agricultor chegou a colher até 80 saca por hectare. Agora, estima uma produtividade entre 45 e 50 sacas, com uma agravante: parte desta soja será vendida com até 40% de desconto, porque são grãos considerados resíduos, impróprios para a produção de óleo.
Outra preocupação é que só 40% da safra tem financiamento bancário, com possibilidade (diante das perdas) de adiamento do prazo para pagamento da primeira parcela de custeio prevista para junho. O restante da produção é custeada pelas trading agrícola, que tem como compensação, o compromisso de entrega da produção em valor pré-fixados. "Vamos ver o tamanho do prejuízo para então buscarmos uma solução negociada", avalia Lúcio Basso.
O gerente da Cooperativa LAR (unidade de Sidrolândia), Rogério Luiz Butzen, disse com exclusividade ao Região News durante ato que marcou a assinatura de estado de emergência do município, que ao invés de 60 mil toneladas, 1 milhão de sacas, receberá cerca de 36 mil, uma diminuição de 400 mil sacas.
PERDAS EM MACARAJÚ
Maior produtor de soja de Mato Grosso do Sul, Maracaju esperava colher 620 mil toneladas em 200 mil hectares plantados. Com a perda de 40% da produção, 248 mil toneladas deixarão de ser colhidos, prejuízo de R$ 186 milhões .
Segundo o Presidente do Sindicato Rural, Nestor Muzzi o excesso de chuva também comprometeu a produção pecuária, com prejuízos em média de 1 arroba por cabeça nos últimos 30 dias. De acordo com engenheiro agrônomo consultor da Fundação MS, Roney Pedroso, em fevereiro o índice pluviométrico atingiu 217 milímetros. Nos primeiros 10 dias de março choveu 257 milímetros, ante 36 mm em igual período de 2010.
Região News
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