Ziulkoski salienta que os prefeitos não são contra o reajuste, mas têm dificuldades de caixa para concedê-lo. A antecipação, segundo ele, só tornaria o problema ainda mais complexo, já que se estaria adiantando em quatro meses uma despesa adicional que os prefeitos só teriam em maio, mês em que tradicionalmente o valor é elevado.
O prefeito de Pereiro (CE), José Irineu de Carvalho (PSDB), município a 340 quilômetros de Fortaleza, também condena a discussão sobre a antecipação do reajuste do mínimo. Ele lembra que a medida pegará de surpresa os novos prefeitos que assumirão os mandatos em janeiro já tendo esta obrigação a cumprir. "É uma antecipação de despesa que os prefeitos que assumirão em janeiro terão dificuldades para cumprir", ponderou.
A decisão sobre antecipar ou não o reajuste será tomada pelo Congresso Nacional. Duas propostas estão sendo analisadas. Se optar pela antecipação o novo mínimo deve ser de R$ 283. O valor já foi encaminhado pelo Governo no Orçamento de 2005 que está em discussão no parlamento e representa a correção pela inflação futura e pela variação do PIB per capita. Mas, se a proposta não vingar, o valor pode ser elevado para R$ 300 e anunciado em maio. As centrais sindicais defendem a proposta de antecipação, mas querem que o novo mínimo seja de R$ 320.
Terra Redação
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