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Prefeito deve decretar emergência em Maracaju

14 Mar 2011 - 07h20Por Diário MS

Município que mais produz soja no Estado, Maracaju deve decretar emergência ainda no decorrer desta semana, que em decorrência da perda na produtividade de soja. A informação partiu do prefeito Celso Vargas (PTB) na manhã de sábado (12), em entrevistas concedidas às rádios locais Marabá FM e Cidade AM.
De acordo com o prefeito, ficou decidido em reunião com a classe produtora, representada pelo Sindicato Rural de Maracaju, Fundação MS e Associação dos Engenheiros Agrônomos, que seja levado adiante o pedido de intervenção emergencial para amenizar as perdas na safra de 2011.
Dono de um poderio agrícola invejável, o município sofre com as chuvas que prejudicaram a colheita da soja neste ano. Estima-se que a perda chegue a 40% do produto colhido.
Entretanto, o alarme na cidade é para o impacto que a perda na produção pode representar para a economia. Pelo menos 82% de todo o dinheiro que circula em Maracaju é proveniente da agropecuária.
A agricultura de Maracaju, conhecida nacionalmente por sua preocupação com o investimento em tecnologias, tem na quebra de uma safra uma representatividade negativa para investimentos nos plantios futuros.
De acordo com informações da secretária de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, Iraci Padilha, o impacto no PIB (Produto Interno Bruto) de Maracaju pode chegar a R$ 200 milhões de reais. O PIB do município gira em torno de R$ 700 milhões.
“É um efeito cascata. O produtor despeja uma quantidade enorme de dinheiro na economia e ainda investe na produção. Com a perda da soja, perdemos todos. O importante é se unir para que os efeitos sejam os menores possíveis”, disse o prefeito Celso Vargas.
Segundo o presidente do Sindicato Rural de Maracaju, Luciano Muzzi Mendes, haviam sido colhidas de 25 a 30% das lavouras de soja no município até começar o período de chuvas intensas. Isso indica que a perda pode ser maior, já que 70% da soja esta nos campos.
A expectativa era de uma supersafra para a soja com colheita, em média, de 50 sacas por hectare, porém a colheita deve ficar em torno de 30 sacas/hectare. Estima-se que pelo menos 248 mil toneladas de soja deixarão de ser colhidas, das 620 mil toneladas estimadas para 2011.
Outro problema é que, mais do que a perda de dois quintos da produção, produtores podem perder toda a carga acondicionada nos caminhões que levam a soja aos armazéns. Alguns locais de armazenamento não aceitam receber os grãos perdidos em meio a soja boa. Além disso, os caminhões ficam parados e não voltam para a lavoura, comprometendo ainda mais a colheita.
O presidente do Sindicato Rural pediu que os donos de armazéns tenham bom senso quanto a essa questão. “Pior do que receber apenas 60% de soja boa é impedir que a soja seja armazenada”, disse.
Luciano afirmou que nem mesmo os períodos de seca enfrentados pelos produtores representaram tamanho dano, sendo essa a primeira vez que uma safra é perdida por conta da chuva em Maracaju. “Os produtores mais antigos dizem não se lembrar de um episódio como esse na região”, disse.
O Sindicato Rural e a Prefeitura mostraram-se afinados no discurso aos produtores rurais para que honrem com os compromissos e se unam a fim de ajudarem-se mutuamente. Segundo o presidente do sindicato, os produtores que puderem pagar a dívida da safra passada que o façam, para diminuir os possíveis problemas nas aquisições de empréstimos e seguro futuramente.
O prefeito Celso Vargas, disse também, que os produtores devem ter calma, já que problemas como esse não são extintos de maneira instantânea, mas apenas podem ser amenizados e isso será feito. Celso colocou à disposição dois telefones de assessores da prefeitura para que produtores rurais prejudicados no escoamento dos grãos pelas estradas vicinais sejam atendidos emergencialmente. “Podemos amenizar os problemas na medida do possível. Se algum produtor precisar pode ligar que, dentro das nossas condições, atenderemos prontamente”, disse. Os telefones são 8454-9361 e 8478-0015.

Infraestrutura

Além dos problemas no campo, Celso Vargas também deve ter muito trabalho com relação aos danos que a chuva provocou no perímetro urbano de Maracaju. O asfalto mais antigo está todo danificado, o que pode acarretar uma prolongação das obras de recapeamento que já são executadas na cidade. O prefeito já empenhou pelo menos R$ 5 milhões em verbas para recapeamento na cidade.
Na sexta-feira, Celso participou de reunião em Campo Grande com André Puccinelli e o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, além de outros 13 prefeitos de de cidades do Mato Grosso do Sul prejudicadas com a chuva.
O ministro informou que até esta segunda-feira seriam transferidos para a conta do Estado valor de R$ 5 milhões de reais para as primeiras ações em caráter de emergência.

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