Recuperação das cotações depois do plantio principal fez o produtor ampliar área com segundo cultivo. A melhoria do mercado internacional de algodão no início deste ano fez com que os cotonicultores aumentassem a área da chamada "safrinha" do produto.
A estimativa é que tenham sido cultivados 140 mil hectares depois da época ideal de plantio, equivalente a 12,6% da superfície total usada para a lavoura.
No ano passado foram 42 mil hectares, cerca de 5% do total, o que indica um acréscimo de 230%. "É a maior área de safrinha da história", diz Miguel Biegai Júnior, analista da Safras & Mercado. Segundo ele, quase todo o cultivo, 138 mil hectares, ocorreu em Mato Grosso, maior produtor nacional da fibra. Mato Grosso do Sul e Goiás também registraram plantios de safrinha.
Biegai Júnior explica que na ocasião da tomada de decisão do plantio, no meio do ano passado, o preço de algodão estava bom e o da soja e milho ruim. As cotações naquela época eram de US$ 0,56 a libra-peso. O que estimularia o aumento do cultivo do algodão. No entanto, na época do plantio do produto, em dezembro, para Mato Grosso, os dois grãos tinham se valorizado substancialmente, desanimando os cotonicultores. "Deu a impressão de que a área não seria tão boa. O pessoal engordou o olho e o fez na safrinha", diz Biegai Júnior.
Foi justamente o bom momento da soja que fez o produtor Sérgio Nogueira, de Nova Mutum (MT), plantar safrinha de algodão. Isso porque parte da área destinada ao cultivo de verão foi usada para o plantio de soja precoce, 1,5 mil hectares.
Com a colheita do cereal, em janeiro, ele cultivou 700 hectares de safrinha de algodão. "Foi a primeira vez que plantei, queria experimentar", diz. A safrinha de algodão respondeu por 14% da área total destinada ao produto.
Produtividade
O clima e a tecnologia empregada devem favorecer a colheita de algodão. Enquanto a área cultivada aumentou 32,2%, a safra será 46,1% maior, chegando a 1,38 milhão de toneladas, de acordo com a Safras & Mercado.
Biegai Júnior destaca algumas regiões no Sul de Mato Grosso, onde a produtividade média deve ficar em 330 arrobas por hectare, em caroço.
As estimativas da consultoria são que a produtividade média fique entre 260 a 280 arrobas por hectare em Mato Grosso do Sul e, na Bahia, entre 230 a 250 arrobas por hectare.
De acordo com o analista, os baianos atrasaram o plantio porque nos últimos anos sofreram com estiagem. No entanto, nos últimos dias as chuvas escassearam na região e podem prejudicar a produtividade do algodão.
Jovem Sul News
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