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Brasil

Preço do café pode subir até em 25%

30 Jun 2010 - 13h38Por Conjuntura Online

A indústria de café não quer absorver sozinha a recente valorização dos preços da commodity no mercado internacional e também no doméstico.

As empresas já fazem cálculos para reajustar os preços do produto nas gôndolas dos supermercados, e o aumento poderá chegar aos consumidores já no início de julho ou seja, em menos de dez dias.

A expectativa é de que o repasse médio das torrefadoras fique em torno de 25%, mas o tamanho e o prazo dos ajustes serão feitos de acordo com a estratégia comercial de cada indústria. A justificativa para o provável reajuste é que apenas a matériaprima tem um peso próximo de 65% no valor do produto final.

E os preços do grão verde seguem em alta. Na semana passada, as cotações na bolsa de Nova York atingiram o maior patamar em 12 anos.

Na sextafeira, os contratos com entrega em setembro fecharam o dia cotados a US$ 1,689 por librapeso (US$ 225,2 por saca), uma modesta valorização inferior a 0,5%, mas que eleva os ganhos em junho para 24,4% na bolsa americana. Em comparação ao mesmo período do ano passado, o atual patamar é 40,5% superior.

"Essa não é uma valorização que reflete apenas a volatilidade do mercado. Quando altas desse tipo ocorrem, elas duram poucos dias.

A atual conjuntura do mercado mostra uma alta consistente dos preços da matériaprima nas últimas três semanas e as indústrias não têm condição de absorver todo esse impacto", afirma Nathan Herszkowicz, diretor executivo da Abic (Associação Brasileira das Indústrias de Café).

No mercado interno a situação não é diferente. Mesmo no início da safra e com perspectivas de um ano de grande oferta, os preços do café também acumulam ganhos. Na sextafeira, a saca foi negociada a R$ 315,16, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada .

O resultado de sextafeira representou uma queda de 1% em comparação ao dia anterior, quando o indicador da entidade atingiu o nível mais alto desde junho de 2005. Ainda assim, os preços acumulam uma valorização de 11,3% em junho, de 15,7% em 2010 e de 27% nos últimos 12 meses.

Diante da alta nos preços tanto no mercado interno quanto no externo, as indústrias ainda esperam a retomada dos leilões dos estoques públicos.

Segundo estimativas da Abic, existem mais de 2,5 milhões de sacas em posse do governo, que poderiam ser disponibilizadas para as indústrias e aliviar a oferta restrita.

"Ainda não há um desabastecimento de café no mercado, mas, apesar dos atuais preços, já existem alguns sinais que as empresas relatam de dificuldades em se comprar o produto", afirma Herszkowicz, ao lembrar que o produtor tende a segurar ainda mais a oferta quando existe uma perspectiva de alta nas cotações.

Consumo

Em uma análise feita pela ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café), o café gourmet vem crescendo de forma significativa em seu volume de exportações, de forma a aumentar o seu crescimento em 15% a 20% da sua produção ao ano, sendo 90% destinada ao mercado externo.

Esse dado comprova a grande oportunidade que os empresários do ramo têm em mãos, já que diferentemente da cultura brasileira a cultura internacional existente perante o consumo desse produto é forte e tradicional.

O mercado norte americano é referencia de consumo desse produto, e surpreendentemente o Mercado Asiático representado pela explosão de consumo da China com suas províncias, que até pouco tempo não demonstrava interesse no consumo de café em seus momentos de prazer e descontração.

Além do volume de vendas que representa esse produto, outro fator que faz com que os empresários do ramo observem o café gourmet com olhos de investidor é o valor agregado embutido, tanto pela qualidade quanto pela forte cultura positiva que acompanha o marketing de "produto brasileiro".

Dessa forma a exportação de café gourmet representa a possibilidade de aumento do lucro. Já para os empresários com visão estratégica de mercado, é mais do que o aumento do lucro, a exportação de Café Gourmet representa a possibilidade de internacionalização da sua empresa, possibilitando, inclusive, um melhor posicionamento do composto de produtos destinados ao mercado interno.

O produtor de café que entrar nesse vantajoso mercado contribuirá também para que o Brasil saia do status de exportador de matéria prima ou commodities.

Esse é o passo que todos os exportadores hoje deveriam buscar, afinal, porque só exportar matéria prima sendo que é possível também exportar valor agregado? Essa é uma pergunta que o governo brasileiro vem buscando incessantemente fazer aos produtores brasileiros, afinal, poderia elevar os lucros com a segunda opção.

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