Em greve de fome desde a manhã de segunda-feira, presos do EPSM (Estabelecimento Penal de Segurança Máxima) de Campo Grande entraram em contato há pouco com o Campo Grande News, por celular, e disseram estar vivendo uma “ditadura” na unidade.
Eles disseram que a greve de fome é uma “manifestação pacífica” para exigir a troca da diretoria do estabelecimento, pois segundo eles, o atual diretor, Luís Carlos Achar Ranieri, não tem qualquer diálogo com a massa carcerária e ainda deixa faltar medicamentos e atendimento aos presos doente. “O diretor não dá nenhuma satisfação. Usa de ditadura”, disse um dos detentos.
Os detentos ainda declararam que houve redução na quantidade de comida enviada a eles, e também reclamaram do fato de não estar sendo permitida a entrada de visitas com alimentos. Situação causada pela rebelião dos dias 14 e 15 de maio.
Os presos também querem visistas da pastoral carcerária, Direitos Humanos e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), ao local, porque alegam estarem sendo agredidos pelos agentes penitenciários.
Funcionários do local disseram que ontem foram jogados 80 litros de leite devido a grave de fome dos presos, e também diversas marmitas. O diretor do presídio disse que os detentos estão recebendo alimentação normalmente e a rotina está mais rígida por conta da “situação que eles mesmos provocaram”, disse, referindo-se a rebelião.
“Eles estão querendo a mesma situação de antes. Acham que passa-se uma borracha e apaga tudo. Se fizermos isso eles vão fazer tudo de novo”, declarou o diretor que finalizou dizendo que “não há ditadura”.
Celular – Os presos se comunicaram com a redação através de um aparelho celular, cuja interrupção do sinal foi determinada pela Justiça no início do mês de julho, em medida válida por 30 dias.
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