O motivo para a ação, segundo Avelar, é o não cumprimento do acordo assinado "em papel timbrado" no dia 2 de fevereiro de 2006, com o então ministro da Justiça na época, Márcio Thomaz Bastos. O compromisso, afirma Avelar, dizia que haveria um reajuste salarial de 70% dividido em duas parcelas, de 35% cada, e que já estava "tudo acertado com a equipe econômica do governo federal".
"Após uma exaustiva negociação ao longo de 2005, conseguimos chegar a este acordo. Mas recebemos a primeira parcela em julho, e não recebemos o restante. Não é mais uma negociação ou uma luta, queremos apenas o cumprimento do acordo", argumenta o presidente da ADPF, lembrando que, desde a assinatura do acordo, a categoria fez diversas cobranças ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que fosse cumprido o que foi prometido.
De acordo com Avelar, a intenção é diminuir a diferença salarial da categoria entre outros órgãos criminais da União, como o Ministério Público e a Magistratura Federal. "Não é questão de equiparação. Mas os perfis de um agente da Polícia Federal e do Ministério Público são muito parecidos. Hoje, o salário inicial da PF é menos da metade do que um membro do MP", salienta. "Há dezenas de profissionais capacitados saindo do departamento por conta do salário e que, muitas vezes, migram para a carreira de MP. Perder um colega por falta de aptidão dá para compreender, mas perder por conta desta situação é inadmissível", acrescenta.
O presidente da ADPF afirma que o clima na instituição é "muito ruim". "Estão todos insatisfeitos. Assim não está dando para trabalhar projetos de interesse da PF e da sociedade", desabafa. Segundo ele, um policial federal recebe, líquido, em torno de R$ 4 mil e um delegado por volta de R$ 7 mil. "Enquanto isso, outras carreiras do Estado chegaram a ter reajustes de mais de 300%", diz. "Nossa diferença continua muito grande e, mesmo que o acordo seja cumprido, continuarem recebendo muito menos que as outras carreiras, o que não é uma tradição na nossa atividade."
Por fim, Avelar diz que espera que, com a paralisação, o governo cumpra o que foi acordado em 2006. A troca do ministro da Justiça, pelo petista Tarso Genro, em razão da reforma ministerial para o segundo governo Lula, não desanima o presidente da ADPF. "Acreditamos que este problema não vai persistir. O ministro da época, Márcio Thomaz Bastos, se empenhou pelo acordo e o Tarso Genro também deverá ser sensível à causa". E finalizou: "Esta é uma questão de honra, para recuperar a auto-estima da instituição."
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