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Brasil

PMDB será fiel da balança para Alckmin ou Lula

4 Out 2006 - 13h00
Não importa quem ocupe o Palácio do Planalto a partir de 1º de janeiro, ele não poderá constituir uma maioria sólida no Congresso se prescindir da boa vontade peemedebista.

Isso porque tanto o PSDB, de Geraldo Alckmin, quanto o PT, de Luiz Inácio Lula da Silva, elegeram deputados e senadores em quantidade insuficiente para governar sem ajuda, muita ajuda.

O PT conquistou 83 cadeiras na Câmara e, com os dois senadores que elegeu, somará 11 lugares no Senado, um a menos do que hoje.

O PSDB terá apenas 65 deputados em Brasília, e sua bancada de senadores será resumida a 15 cadeiras, uma a menos do que a atual.

Para se ter uma idéia, em 1998, quando Fernando Henrique Cardoso foi reconduzido, os tucanos elegeram 99 deputados federais.

Câmara
Com 89 eleitos, o PMDB fez a maior bancada da futura Câmara, recuperando um status que manteve desde as eleições de 1982 até o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso.

Em 1998, o PFL assumiu essa posição. Em 2002, foi a vez do PT.

O PMDB reverteu, vinte anos depois, uma tendência de emagrecimento que vinha desde o auge de 260 deputados eleitos em 1986 graças ao Plano Cruzado.

Até a posse da nova legislatura, novos assentos deverão ser conquistados pela bancada peemedebista.

A cláusula de barreira deixou 14 partidos na condição de plutões da Câmara, sem direito a prerrogativas parlamentares essenciais, como liderança e cargos em comissões e CPIs.

É natural que uma parte desses 118 deputados fujam da órbita de seus partidos-anões, para gravitar em torno de agremiações mais poderosas, como o PMDB.

Senado
Fenômeno semelhante deve acontecer no Senado. O PMDB não foi tão bem na eleição de senadores. Saiu das urnas enfraquecido, com uma bancada de 15 cadeiras, cinco a menos do que hoje.

Mas até a posse, os 13 senadores de partidos-anões terão que se mexer para não virar párias políticos. Alguns cairão no colo peemedebista.

Fiel da balança do futuro presidente, o PMDB sai das urnas sem uma cara definida, para variar. Houve derrotas e vitórias de ambos os lados, tanto entre os lulistas quanto entre os pró-tucano.

No sempre oposicionista Rio Grande do Sul, o governador Germano Rigotto caiu no 1º turno. Mas Pedro Simon se reelegeu senador.

No Paraná, o governador Roberto Requião tem um 2º turno difícil pela frente. Seu destino está amarrado ao de Lula.

O mesmo ocorre, com sinais trocados, com o governador catarinense Luiz Henrique da Silveira.

Juntos, esses três Estados elegeram 18 deputados, ou 20% da nova bancada do partido.

Divisão regional
Na divisão regional, Sudeste, com 27% dos deputados do partido (24 cadeiras), e Nordeste, com 25% e 22 deputados, concentram a maior parte da bancada. Somam-se 15 parlamentares do Norte (17%) e 10 do Centro-Oeste (11%).

Em São Paulo, sob a batuta, de Orestes Quércia, o PMDB voltou a perder espaço. A bancada paulista só terá 3 deputados, um a menos do que hoje.

O Estado com mais peso na Câmara, entre os peemedebistas, será o Rio de Janeiro, que mandará 10 deputados a Brasília, um a mais do que hoje.

Não é coincidência que Lula e Alckmin se apressaram a buscar apoio entre as hostes peemedebistas fluminenses para o 2º turno da eleição presidencial.

Correm atrás não apenas dos 1,7 milhão de eleitores órfãos de Heloísa Helena e Cristovam Buarque, mas também de votos que a bancada do Rio terá no Congresso.

O tucano ficou com o casal Garotinho, de saída do Palácio das Laranjeiras após oito anos de poder. O petista levou a promessa de apoio do candidato peemedebista ao governo do Estado, Sérgio Cabral Filho.

Como se vê, seja quem for o presidente eleito, o PMDB estará ao seu lado.

 

BBC Brasil

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