A proposta é do deputado federal Onyx Lorenzoni (PFL-RS), candidato a prefeito de Porto Alegre. O pedido já foi aceito pela presidência do PFL e foi feito com base na resolução do partido editada pela Executiva Nacional em outubro de 2002, situando o PFL na oposição ao governo Lula.
O jantar patrocinado pelo presidente Lula ontem teve a intenção de levar parte dos tucanos a apoiar os projetos do governo federal no Senado, onde a base aliada não é maioria. "Ele coordenou o processo político da reunião de ontem. O encontro só ocorreu porque houve a articulação do senador ACM", justificou Lorenzoni.
O presidente do partido, senador Jorge Bornhausen (SC), informou que vai indicar um relator para que ACM seja intimado a se defender no processo. Bornhausen acusa ACM de oferecer apoio ao governo e aceitar uma aproximação com Lula. O senador acredita que ACM está descumprindo resolução da executiva. Bornhausen vai presidir o processo de expulsão de ACM. Após instaurado o processo, ACM tem até oito dias para apresentar defesa.
Bornhausen salientou que tanto ACM quanto os demais que estiveram no jantar feriram o estatuto do partido. "O jantar de ontem retrata a lastimável realidade da política brasileira. De um lado o comandante José Dirceu e seus comandados, o presidente Lula e o ministro Aldo Rebelo, praticando o ato explícito de cooptação partidária. E de outro, o senador ACM oferecendo adesão", ponderou. "Do ponto de vista do PFL, nós temos que cumprir com a resolução unânime da executiva do partido, no sentido de fazer oposição", complementou.
Além de ACM, participaram do jantar os senadores do PFL Cesar Borges e Mário Tourinho (Bahia), Edson Lobão e Roseana Sarney (Maranhão), João Ribeiro (Tocantins) e do PSDB, Eduardo Siqueira Campos (Tocantins). O senadores do PFL Paulo Otávio(DF) e Romeu Tuma (SP), que constavam da lista de convidados, não compareceram ao jantar.
Ao final do jantar, ACM declarou que "essas conversas são muito boas e servem para aproximar os senadores e o governo. Vejo esse tipo de diálogo como uma coisa indispensável para o País, porque você não pode resolver problemas com facções." No entanto, para ACM, a presença dos senadores oposicionistas no jantar não significa apoio certo ao governo.
Terra Redação
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