A Polícia Federal (PF) em Niterói (RJ) cumpriu na manhã desta quarta-feira nove dos 12 mandados de prisão preventiva previstos na Operação Highlander, que investiga uma quadrilha que desviou pelo menos R$ 120 milhões da Previdência. O grupo teria em seu poder centenas de cartões de benefícios previdenciários e alterava dados dos segurados, tornando-os "imortais".
As prisões foram efetuadas nos municípios fluminenses de São Gonçalo, Búzios e Cabo Frio. A operação é feita em conjunto pela Delegacia de Polícia Federal em Niterói e pelo Ministério da Previdência Social. As investigações começaram em 2009, a partir de uma denúncia anônima que levantou suspeitas sobre três pensões por morte, e envolveram 135 agentes da Policia Federal.
Segundo o delegado da PF Marco Aurélio Costa, a fraude teve início em uma agência previdenciária de São Gonçalo (RJ). "A fraude foi concebida entre 1983 e 1994 por servidores de São Gonçalo. Três deles foram identificados. Destes, dois faleceram e conseguimos prender o outro", afirmou.
Segundo a PF, a quadrilha criava beneficiários fictícios, por meio do reaproveitamento de benefícios já cessados e a manipulação de seus dados. Eles alteravam periodicamente as datas de nascimento dos segurados, perpetuando a existência do segurado "fantasma" e, por consequência, o próprio benefício.
A PF estima que pelo menos 400 benefícios previdenciários tenham sido fraudados. Segundo a coordenadora operacional da Previdência, Neuza Campos, a fraude só foi possibilitada porque ocorreu antes da informatização do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). "Com certeza, se fosse hoje em dia, essa fraude não teria ocorrido. Já teríamos localizado mais facilmente os suspeitos", afirmou.
Dos cerca de 400 benefícios identificados, 60 serão imediatamente suspensos por ordem judicial. O prejuízo causado à Previdência Social foi calculado em cerca de R$ 600 mil mensais, considerando-se apenas os benefícios ativos. Retroagindo-se os valores apenas a 1994, sem contabilizar juros e correção monetária, a quadrilha causou um prejuízo estimado em mais de R$ 120 milhões. Segundo o INSS, essa talvez tenha sido a maior fraude descoberta nos últimos cinco anos.
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