O presidente da Câmara dos Vereadores de Mundo Novo, Sebastião Reis de Oliveira, 53, o Tião Barbudo, do PMDB, e o filho Johni Oliveira, 25, permanecem presos na delegacia da Polícia Federal, em Guaíra (PR), por envolvimento num esquema de contrabando de agrotóxicos. Eles e mais sete implicados na trama foram detidos na quinta-feira passada durante a “operação pureza”, conduzida pela Polícia Federal na Bahia.
O advogado do parlamentar, Jeferson Cavalcante, viajou na tarde desta segunda-feira para Salvador (BA), onde está centrada a investigação. O defensor vai pedir a liberdade do vereador, preso por meio de mandado preventivo, cujo prazo expira na terça-feira.
O lugar dele na Câmara tem sido ocupado pelo vice-presidente da Câmara, seu colega de partido Orandir Ribeiro. Tião Barbudo é agricultor na região de Mundo Novo. Nenhum dos oito vereadores de Mundo Novo se manifestaram quanto à prisão do colega. Disseram que aguardam informações sobre a operação.
Até agora, a PF ainda não detalhou a participação do vereador e do filho no esquema do contrabando.
Nota divulgada pela assessoria de comunicação da PF em Salvador afirma que a quadrilha comprava o agrotóxico no Paraguai e o transportava para as cidades da Bahia e do Paraná.
Eis um trecho do comunicado da PF: “A investigação que deu origem à operação identificou um total de 9 contrabandistas de agrotóxicos, alguns dos quais encarregados da aquisição das substâncias no Paraguai, outros de sua introdução ilícita em território brasileiro e transporte até a região oeste da Bahia, e por fim aqueles encarregados da distribuição aos receptadores finais, ou seja, produtores rurais donos ou arrendatários de fazendas e agroempresas em diferentes municípios baianos (Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e Formosa do Rio Preto)”.
Ainda de acordo com PF, “foram interrogados e indiciados 4 produtores rurais da região oeste da Bahia, identificados como receptadores habituais de agrotóxicos contrabandeados pela quadrilha”.
Segue a nota da PF: “embora não se possa estimar a quantidade aproximada de agrotóxicos contrabandeados pela quadrilha nos últimos meses e distribuídos a produtores rurais do oeste baiano, pode-se afirmar com certeza que se contam às toneladas, com grande lucratividade para os contrabandistas e também para os agroempresários que os adquirem, o que infelizmente demonstra que se trata de um fenômeno de grandes dimensões”.
Os investigados foram indiciados nos crimes de receptação, quadrilha, além de crimes específicos previstos na lei dos agrotóxicos e na lei de crimes ambientais.
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