A Polícia Federal indiciou o vereador de Dourados, Dirceu Longhi, do PT e a mulher dele, a bióloga e chefe regional da Funai em Ponta Porã Arlete Pereira de Souza por formação de quadrilha e cárcere privado. O casal é acusado de incitar e financiar a invasão do prédio da Funai, em dezembro de 2009. O inquérito foi encaminhado ao MPF (Ministério Público Federal).
De acordo com a PF, Longhi e a mulher teriam financiado a invasão e, com isso, garantido a nomeação de Arlete como chefe regional da Funai. O prédio foi ocupado por índios.
A bióloga é hoje chefe da Funai em Ponta Porã.
Ainda de acordo com a PF, a intenção do parlamentar era a de forçar a saída da ex-administradora da Funai, Margarida Nicoletti.
Com a indicação da mulher o vereador pretendia explorar isso politicamente em sua candidatura a deputado estadual, no ano passado.
Invasão
O prédio da Funai foi invadido no dia 17 de dezembro de 2009. O manifesto tinha como objetivo a saída de Margarida do cargo. Ao menos 13 pessoas foram mantidas reféns.
Os índios só deixaram o local após o comando nacional da Funai afastar Margarida da chefia.
Ainda assim, os índios ficaram acampados em frente ao prédio. É que os índios não gostaram da nomeação da antropóloga Maria de Fátima Rosa Vilarinho. Eles insistiam no nome da bióloga. Em janeiro passado, a PF prendeu cinco índios pela invasão.
Vereador nega
O vereador Dirceu Longhi disse que nem ele nem a mulher foram comunicado do indiciamento. Contudo, ele nega ter favorecido os índios na ocupação.
Segundo o parlamentar, os líderes da ocupação o procuraram e pediram emprego na Câmara Vereadores. Como ele teria negado, os índios o denunciariam, presume.
Longhi disse que ele a mulher prestaram depoimento acerca do caso no passado. (colaborou Nicanor Coelho, correspondente em Dourados)
Participe do nosso canal no WhatsApp
Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.
Participar