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Pesquisa revela que o Brasil é a nação mais otimista com a velhice

17 Set 2010 - 16h22Por Maxpress
A pesquisa internacional de saúde Bupa Health Pulse 2010 revela o surgimento de uma geração que ainda se sente jovem e saudável aos 70 e 80 anos[1], mas que não se preocupa em planejar a velhice. Realizada pelo instituto de pesquisa independente Ipsos Mori,o levantamento envolveu 12.262 entrevistados em 12 países, incluindo o Brasil, entre 10 de junho e 14 de julho de 2010. A pesquisa alerta que é fundamental avaliar o impacto da velhice sobre a demanda de assistência social e médica.

Nos 12 países pesquisados, 72% dos entrevistados com 65 anos ou mais disseram que não se sentem velhos e quase o mesmo número (67%) diz sentir-se ainda saudável.

No Brasil, 46% dos entrevistados não se preocupam em envelhecer. Além disso, 17% dos entrevistados encaram com bons olhos a terceira idade, o maior índice registrado no mundo todo. Porém, 64% dos brasileiros não se preparam para a velhice, em termos de reservar dinheiro ou de pensar em como ser assistido no caso de não poder cuidar de si próprio. Mais da metade (53%) nem sequer começou a pensar nela, enquanto a maioria deixa completamente de se preparar para as realidades do futuro. Apenas 7% reservaram algum dinheiro e 76% acreditam que a família estará lá para dividir o ônus de cuidar deles.

Um relatório[2] feito pela London School of Economics (LSE) e divulgado ontem revela que a "rede informal de assistência" (o padrão tradicional de famílias cuidando de seus idosos) está se desintegrando, enquanto o número de idosos carentes de assistência vem crescendo.

"É realmente animador ver que tantos brasileiros não se sentem velhos e acolhem bem a chegada da velhice, mas as pessoas não podem ficar despreocupadas com o envelhecimento", disse o Dr. Sneh Khemka, diretor-médico da Bupa International. "O Brasil, assim como muitos países, vem enfrentando uma crise na assistência médica e social. Muitos pensam que seus parentes estarão prontos para cuidar deles, mas nossas estruturas familiares estão mudando e as pessoas precisam começar a planejar e conversar o quanto antes sobre a futura assistência que terão."

"Em todo o mundo, uma combinação de fatores sociais e econômicos - incluindo alterações demográficas, a redução do tamanho da família e o aumento dos índices de divórcio, migrações e mulheres que trabalham fora – estão abalando a estrutura familiar que historicamente tem sido o principal suporte aos idosos dependentes. Com os sistemas públicos de assistência sob pressões financeiras, começa a surgir um desafio global das formas de amparar o idoso no futuro", observou José Luiz Fernandez, pesquisador-chefe da London School of Economics.


Pesquisa Bupa Health Pulse 2010:

• 12.262 entrevistados em 12 países - Austrália, Brasil, China, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália, México, Rússia, Espanha, EUA - entre 10 de junho e 14 de julho de 2010.

Dados Brasil - Pesquisa Bupa Health Pulse 2010:

• 1005 brasileiros entrevistados.
• Os brasileiros são os mais otimistas quanto à terceira idade (17% comparados ao índice global de 3%).
• 95% dos brasileiros não se consideram velhos (dado de entrevistados acima 54 anos)
• 46% dos entrevistados não se preocupam com o fato de envelhecer. Alem disso, 17% dos entrevistados encaram com bons olhos a terceira idade e querem ficar velhos, o maior índice registrado no mundo todo. Porém, 64% dos brasileiros não se preparam para a velhice em termos de reservar dinheiro ou de pensar em como ser assistido no caso de não poder cuidar de si próprio sozinho.
• 53% nem sequer começou a pensar na velhice, enquanto a maioria deixa completamente de se preparar para as realidades do futuro. Apenas 7% reservaram algum dinheiro e 76% acreditam que a família estará lá para dividir o ônus de cuidar deles.
• 96% acha que a assistência governamental ao idoso precisa melhorar.
• 84% dizem que o padrão de assistência ao idoso no Brasil é pobre.
• 39% acham que o Estado deve bancar a assistência ao idoso somente para pessoas de baixa renda, enquanto apenas quatro em cada dez (42%) acreditam que o benefício deveria ser para todos.
• Apenas 3% pensam que o governo cuidará deles em sua idade avançada
• 36% das pessoas estão mais preocupadas em ter câncer.
• 35% planejam usar as suas economias/investimentos quando envelhecer.
• 61% dos brasileiros temem perder sua memória e independência ao envelhecerem.
• 32% acreditam que vão morrer de velhice.

Informações sobre velhice no Brasil – Ministério da Saúde:

• No Brasil, 49% dos idosos são analfabetos funcionais.
• 26% das mulheres idosas nunca fizeram papanicolau.
• 42% dos homens mais velhos nunca foram examinados para câncer de próstata.
• A maioria dos idosos (81%) tem alguma doença como hipertensão, dores nas costas, diabetes e doenças cardiovasculares.
• O Sistema de Saúde Pública no Brasil é utilizado por dois terços dos idosos. 24% têm seguro de saúde privado, 11% pagam do próprio bolso quando necessário e 5% são atendidos por agentes de saúde do Programa Saúde da Família.

Dados Internacionais - Pesquisa Bupa Health Pulse 2010:

• No mundo todo, 86% dizem que o atual nível de assistência do Estado aos idosos precisa melhorar, com 62% afirmando que é preciso "melhorar radicalmente".
• 7% dos entrevistados acham que o Estado realmente assumirá a responsabilidade por assisti-los em sua velhice.
• 66% pensam que a família cuidará deles quando envelhecerem; este número cai para 59% na Austrália, a menor de todas as porcentagens, chegando a 76% no Brasil, a maior delas.
• Dentre os pesquisados em todo o mundo, a maior preocupação das pessoas é ter câncer (34%) ou ter demência (23%) quando envelhecerem.
• França é o país que se sente mais jovem. 32% dos entrevistados acreditam que as pessoas só ficam "velhas" quando passam dos 80 (comparados a 20% em termos globais).
• Já na China, as pessoas acham que se fica "velho" muito antes, 65% acreditam que isto ocorra antes dos 60 (comparados aos 20% do dado internacional).
• Na Índia estão os que menos se preocupam em envelhecer, 70% dizem que isto não os preocupa e/ou que eles não pensam nisto.
• A Índia é o país mais preparado para a velhice, com 71% dos indianos fazendo algum tipo de preparativo, enquanto a Rússia fica para trás, 66% dos russos não se prepararam para a velhice.
• Na China, 33% das pessoas fizeram economias para sua velhice, enquanto somente 7% fizeram o mesmo no Brasil.
• A Alemanha se destaca como o país que mais cuida dos seus idosos.

Achados internacionais dos entrevistados - acima de 65 anos:

• Nos 12 países pesquisados, 72% dos idosos com 65 anos ou mais disseram não se sentir velhos; o índice mais elevado chega a 80% na Alemanha.
• 47% dos entrevistados com mais de 65 anos acham que a idade avançada começa aos 80, índice que chega a 54% na França, maior porcentagem em termos globais.
• 22% separou algum dinheiro para sua velhice.

Dados do Relatório da London School of Economics (LSE): Sociedades que Envelhecem – Desafios e Oportunidade

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