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Brasil

Pesquisa diz que 15% das brasileiras com mais de 40 têm osteoporose

9 Mar 2011 - 07h02

A osteoporose é uma doença que exige cuidados sempre, muito antes que ela se manifeste. Nas mulheres, o cuidado deve ser redobrado. Um estudo estima que 15% das mulheres brasileiras com mais de 40 anos sofram com os efeitos desse mal que fragiliza os ossos.

A pesquisa feita em 2008 acompanhou 2.470 pessoas (725 homens e 1695 mulheres), usando dados do último censo para reproduzir nas proporções certas as diferentes características da sociedade brasileira. Foram levados em conta critérios geográficos – em que região a pessoa mora, e se ela vive na cidade ou no campo –, étnicos, socioeconômicos, educacionais e profissionais.

Para ele, os altos índices constituem um “problema de saúde pública”. Contudo, ele não acredita que tenha havido aumento no número de casos da doença. “Provavelmente nós não sabíamos. Esee foi o primeiro estudo com levantamento em todas as regiões do país. Antes, havia muitas pesquisas em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, por exemplo, mas a gente sabe que o Brasil tem uma miscigenação muito grande”, argumenta o Dr. Marcelo de Medeiros Pinheiro, reumatologista que conduziu a pesquisa.

A doença

O critério para determinar se alguém tem indícios da doença está no tipo da lesão. “Fratura por osteoporose é aquela que decorre de uma queda menor que a própria altura, ou seja, escorregão no banheiro, tropeço na calçada”, define Pinheiro.

Esse problema é mais comum nas mulheres. “A osteoporose é marcante nas mulheres por causa da menopausa. A queda dos hormônios femininos leva a uma perda óssea acelerada em em torno de 20% a 30% das mulheres que entram na menopausa. Elas vão consumir osso. Isso ocorre porque o hormônio feminino é importante para a regulação tanto da formação quanto da destruição óssea”, explica.

Por ser causada pela queda hormonal, a osteoporose é também uma doença típica do envelhecimento. É rara até os 50 anos, mas a partir daí o risco e o número de incidências crescem exponencialmente.

Nos homens

Apesar de ser uma doença mais comum nas mulheres, a osteoporose também ocorre nos homens. Segundo a pesquisa, 13% dos homens com mais de 40 anos tiveram fraturas ligadas a ela. Entre eles, a queda de produção hormonal se dá mais tarde, e por isso o problema demora mais a se manifestar.

Se todos os cuidados forem dirigidos apenas às mulheres, há risco de que a doença se agrave no sexo masculino. “Os homens foram negligenciados por muito tempo. Tanto é que a OMS tem hoje uma projeção de que essa doença vá aumentar muito mais nos homens que nas mulheres nos próximos dez, doze anos”, observa Pinheiro.

Cuidados

A melhor maneira de se prevenir contra a doença é ingerir bastante cálcio para fortalecer os ossos. O leite e seus derivados são a principal fonte do elemento na alimentação. Verduras e peixes – sobretudo atum e salmão – são alternativas aos laticínios.

“Essa prevenção começa desde a infância. É na infância e na adolescência que a gente faz a nossa poupança de cálcio, e o principal reservatório de cálcio é o esqueleto são os ossos. O pico de aquisição, no qual a gente deve investir, é na infância e na adolescência. Depois disso, o potencial da gente diminui bastante”, relata Pinheiro. Contudo, ele ressalta que nunca é tarde para se ingerir o mineral.

Na avaliação do reumatologista, os hábitos alimentares dos brasileiros, normalmente elogiados pelos médicos por terem carboidratos, proteínas e gorduras bem balanceados, deixam a desejar em relação aos minerais – neste caso, o cálcio.

“Não faz parte do hábito cultural do brasileiro consumir alimentos ricos em cálcio de uma forma geral, a não ser quando se está na amamentação e no início da infância, quando se toma bastante leite. Depois disso, o adolescente relaciona o leite a ser bebê e começa a rejeitar um pouco o leite”, observa.

O consumo do cálcio ajuda a prevenir, mas há outros fatores que podem levar ou não à osteoporose. Fumo, sedentarismo e baixo peso aumentam o risco do surgimento da doença. Além disso, há influência genética, e pessoas com histórico na família têm maior possibilidade de desenvolvê-la. Sabe-se ainda que a incidência é maior entre pessoas de ascendência europeia ou asiática – negros têm uma estrutura óssea mais forte e são naturalmente mais protegidos.

É de se ressaltar que a osteoporose tem tratamento. Se diagnosticada no começo, a doença pode ser controlada com remédios que são considerados eficazes.

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