A primeira providência foi dar co-autoria a Elizabeth Jhin, que é da equipe de Calmon há anos. "Ela cuida das personagens femininas, para cativar as mulheres maduras, que se sentiram abandonadas na minha novela anterior", declara o autor, que comanda seis profissionais. Foi dele a idéia de reconduzir Marcos Paulo à categoria de galã, abandonada quando o ator passou para trás das câmeras, embora tenha participado de outras novelas (a última foi Despedida de Solteiro, de 1992/93).
Começar de Novo transfere o romance O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas, para Ouro Negro, outro balneário fictício de Calmon. Marcos Paulo é Andrei/Miguel Arcanjo, que perdeu tudo, até a memória, e volta para retomar o que é seu, inclusive o amor da adolescência, Letícia, vivida por Natália do Valle.
Quem também volta às novelas é Marília Pêra. Depois de quase uma década, a atriz aparece como a Vó Doidona, fazendo par com Luiz Gustavo. A eles está reservada a crença nos E.T.s do enredo. Os dois não contracenavam desde Beto Rockfeller, nos anos 60, e vivem um casal hippie. "Ele é um amor e a gente se diverte muito nas cenas. O autor nos fez um casal de meia-idade, mas com vida sexual plena", conta Marília. Os dois têm um filho, Sidarta, Cássio Gabus Mendes, sobrinho de verdade de Luiz Gustavo.
A dupla Calmon/Marcos Paulo mantém em Começar de Novo o tom leve de comédia de costumes, com toques de misticismo e magia, mas desta vez, os protagonistas vão sofrer muito. "No início haverá drama, pois o personagem principal volta para se vingar", avisa o ator/diretor. "Ele não age diretamente contra as pessoas, mas arma as coisas de uma forma que elas caiam na própria maldade."
Estadão
Participe do nosso canal no WhatsApp
Clique no botão abaixo para se juntar ao nosso novo canal do WhatsApp e ficar por dentro das últimas notícias.
Participar