Ao bloquear uma proteína chamada interferon gamma, cientistas conseguiram diminuir a multiplicação acelerada de células da pele, diminuindo então a incidência de câncer. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano 2000, 200 mil pessoas foram diagnosticas com a doença, das quais 65 mil morreram.
Pacientes, portadores do câncer de pele, podem ter uma esperança com o estudo de pesquisadores do National Cancer Institute of Maryland, nos Estados Unidos. Eles analisaram camundongos com incidência de raios ultravioletas. De acordo com estudiosos, o organismo aumenta a produção de proteínas sinalizadoras como o interferon gamma, e causaria a infiltração de células do sistema imunológico.
A presença no processo na proximidade da pele desencadeia uma reprodução acelerada e anormal dos melanócitos, células produtoras da melanina, pigmento de coloração da pele.
“Trata-se de uma descoberta importante, primeiro porque o câncer de pele é muito comum no mundo, e saber que o interferon gamma pode estimular o desenvolvimento dessa doença é um grande passo”, salienta o tutor do Portal Educação, farmacêutico Ronaldo de Jesus Costa.
De acordo com o tutor, existe ainda outra forma similar de interferon (a alfa), que é utilizada exatamente no tratamento do câncer. “Ela coibi o crescimento de células cancerígenas, e mostra mais uma vez a complexidade do organismo e a dificuldade de tratar especificamente as neoplasias”, explica o farmacêutico.
Os pesquisadores então concluíram que ao bloquear a proteína com remédios, o número de macrófagos é reduzido e a tendência de reprodução acelerada dos melanócitos é menor. Desta forma, consegue-se diminuir as chances de se desenvolver um melanoma, que é a forma mais agressiva e letal de câncer de pele.
Para a professora de bioquímica médica do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), Leila Pontes, o estudo terá uma relevância ainda mais significativa em países tropicais, como o nosso, “onde estamos mais expostos aos raios ultravioletas e, por consequência, mais propícios ao surgimento de melanomas”, explicou.
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