O Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) informou neste sábado (26) que cerca de 100 mil pessoas fugiram da Líbia na semana passada, em meio à crise política para levar o ditador Líbio, Muammar Gaddafi, a deixar o poder.
Muitos dos refugiados eram imigrantes ilegais, e saíram do país por terra, rumo a países vizinhos. Em um comunicado, o Acnur informou que está trabalhando com as autoridades tunisianas e egípcias e ONGs (organizações não governamentais) para apoiar os refugiados.
O Crescente Vermelho [a Cruz Vermelha dos países islâmicos] informou que, apenas ontem, mais de 10 mil pessoas voaram da Líbia para a Tunísia no posto fronteiriço de Ras Jedir - a maioria egípcios -, chamando a situação de uma "crise humanitária", enquanto o fluxo aumenta.
Antes dessas chegadas, o governo tunisiano informou no sábado que 40 mil pessoas cruzaram a fronteira com a Líbia desde 20 de fevereiro, enquanto autoridades egípcias contaram 55 mil pessoas fazendo o mesmo percurso desde 19 de fevereiro, de acordo com a Acnur.
O alto comissário para os refugiados, Antonio Guterres, disse que está comprometido a auxiliar Tunísia e Egito a ajudar cada pessoa que chega da Líbia.
- Chamamos a comunidade internacional a responder rapidamente e generosamente para capacitar esses governos frente essa emergência humanitária.
Mantimentos
Mais de 100 toneladas de mantimentos para 10 mil pessoas - incluindo tendas, cobertores e equipamentos para abrigo - foram enviados para a Tunísia ontem para serem usados na fronteira com a Líbia, informou o Acnur.
Funcionários do órgão da ONU disseram que, durante uma travessia não planejada pelo Egito, encontraram policiais e militares líbios que disseram ter desertado das forças do governo e que estavam trabalhando com comitês locais de líderes tribais.
Guterres disse que líderes tribais expuseram a necessidade de ajuda humanitária na Líbia, "já que há escassez de comida da região leste, assim como necessidade de remédios.
As informações sobre escassez de comida não puderam ser confirmadas por membros da oposição líbia. Na sexta-feira (25), no entanto, o PMA (Programa Mundial de Alimentos) da ONU (Organização das Nações Unidas) advertiu que a rede de abastecimento de alimentos na Líbia corre o risco de entrar em colapso.
A porta-voz do PMA, Emilia Casella, informou que as importações de alimentos não chegam mais aos portos líbios e que a violência dificulta a distribuição.
- A Líbia importa praticamente todos os gêneros alimentícios e a rede de abastecimento está à beira do colapso.
Deixe seu Comentário
Leia Também

Brasil registra 1.726 mortes em 24 horas e bate novo recorde na pandemia; total chega a 257,5 mil

Dona de bar é degolada e corpo encontrado nos fundos do estabelecimento

Filho de fazendeiro reclama de dor anal e mãe descobre estupro cometido por funcionário

Governo zera PIS e Cofins do diesel e do gás de cozinha

Cidade vai multar em até R$ 60 mil quem descumprir decreto de combate ao Covid-19

Brasil tem 30.484 mortes por Covid-19 em fevereiro, 2º maior número em toda a pandemia

Facada: Petrobras anuncia novo aumento nos preços da gasolina e diesel

Homem é preso por cárcere privado e violência doméstica após mulher pedir socorro com foto nas redes

Presidente afirma Auxílio emergencial deve voltar em março, com parcelas de R$ 250
