Os moradores do Jardim Novo Horizonte, em Dourados, estão revoltados com a paralisação das obras de construção da área de lazer e do centro social do bairro. Segundo os moradores, os serviços estão suspensos há pelo menos 2 anos. O recurso para a edificação veio do Ministério das Cidades, através do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), e a placa afixada no local indica que é de R$ 235.202,44, e está disponível desde 2007.
Uma parte da estrutura foi levantada, mas não é suficiente para executar nenhuma atividade. As paredes abrigam somente a fiação elétrica e os encanamentos. O prédio ainda está somente com reboco. “Fazem uns 2 anos que essa obra está parada. É um descaso”, disse Odevan de Jesus, que tem uma serralheria em frente ao local e mora há 12 anos no bairro.
O morador disse que todo o dia pela manhã vê pessoas saindo de dentro da estrutura, que já virou abrigo para moradores de rua e ponto de consumo de drogas. Acolchoados e sapatos estão abandonados no local. “Várias empresas e projetos querem fazer cursos aqui, tanto para as crianças, como para os adultos e não podem porque não tem local adequado. Para isso ia servir o centro”, acredita Francisco Flávio Fernandes do Nascimento, presidente da associação de moradores.
Do lado de fora o mato está por toda parte, chegando a encobrir a pista de caminhada que já estava feita e a segunda mão de uma rua que passaria na lateral. Entulhos e lixo são jogados na área, acumulando água, que pode servir de criadouro para o mosquito da dengue. “Muitos vizinhos aqui já pegaram a doença por causa da água que fica parada ai”, disse o serralheiro.
No local que deveria abrigar um dos vestiários do centro, o forro foi arrancado para servir de passagem apara os atletas em uma vala entre o mato e um campinho de futebol, única atividade realizada no local. “Uma escolhinha funciona com os meninos do bairro. Mas, é o próprio pessoal que cuida da manutenção”, disse o presidente da associação.
Para ele, o centro social é um retrato de muitos outros problemas vividos pelo bairro. Existem trechos de asfalto novos que já estouraram com a chuva, redes de esgoto entupidas, entre muitos outros problemas. “Com esses casos de corrupção a gente ficou muito desanimado. Entra e sai administração e a gente vai pedir, mas nunca acontece nada. Esperamos que com esse novo prefeito seja diferente, mas ainda não fomos conversar com ele”, disse Nascimento. A equipe do Diário MS tentou entrar em contato com o secretário de obras da prefeitura, Jorge de Lúcia, mas ele não foi encontrado até o fechamento desta edição.
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