A obesidade causada pelo sedentarismo e pela má alimentação deixa as pessoas suscetíveis ao câncer. O ganho excessivo de peso, que hoje é epidemia nos países de primeiro mundo, principalmente os Estados Unidos, está avançando no Brasil a uma velocidade alarmante, segundo o diretor do Centro de Oncologia de Campinas (SP), Fernando da Cunha.
"O obeso tem uma maior chance de desenvolver o câncer de mama, principalmente as mulheres depois da menopausa. Na mulher obesa, há ainda a frequência do câncer do colo do útero. Outros tipos de câncer, como o do pâncreas e do esôfago também estão ligados ao peso", disse hoje, em entrevista ao programa "Revista Brasil", da Rádio Nacional.
O oncologista ressaltou ainda que a bebida associada ao fumo são os principais responsáveis pelo aumento nos índices dos chamados tumores de cabeça, que são os cânceres de difícil controle, e que atacam a língua, boca, laringe, faringe e esôfago. Para o ele, os cigarros de baixo teor de nicotina são os piores.
"Não existe cigarro inofensivo. O cigarro chamado de baixo teor é pior. Acreditamos que o malefício do fumo está no alcatrão, nas mais de 2.000 substâncias cancerígenas que ele tem. A nicotina é uma substância que faz com que a pessoa se torne viciada. Então os cigarros de baixo teor faz com que o indivíduo acabe fumando mais em número, e mais alcatrão ele ingere", explicou.
Segundo o médico, o Brasil tem apresentado avanços na área de diagnósticos, técnicas de cirúrgicas e descoberta de novos medicamentos, que estão atuando diretamente contra a doença, têm garantido uma melhor qualidade de vida dos pacientes, mas que falta ainda uma evolução na área preventiva.
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