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Número de mulheres com aids é o maior desde a década de 80

30 Nov 2004 - 15h36
O número de mulheres infectadas pelo vírus HIV, transmissor da aids, é o maior desde a década de 80, quando começou a epidemia. Foram 12.599 notificações, em 2003, contra 10.566, em 1998, cerca de 16% as mais. A informação consta no Boletim Epidemiológico da Aids 200, divulgado nesta terça-feira, pelo Programa Nacional de DST/Aids, do Ministério da Saúde.

Apenas nos primeiros seis meses deste ano, já foram registrados 5.538 casos de aids em mulheres. O avanço da doença entre as mulheres é uma das principais preocupações do governo brasileiro. Tanto que foi o tema escolhido para o Dia Mundial de Luta contra a Aids, nesta quarta-feira (1º).

Entre os homens, o boletim revela que a tendência é de estabilização da doença. No ano passado, foram notificados 19.648 casos, quase 7% menos do que em 1998, quando houve 21.056 registros. A estabilização ocorreu, principalmente, entre os homens homossexuais ou bissexuais.

Em 1998, esse grupo representava quase 30% do total de infectados do sexo masculino, passando para 25%, em 2004. Situação inversa ocorreu com os heterossexuais, que representavam cerca de 30% dos homens infectados, em 1998, e hoje são 42%.

Em conseqüência da contaminação feminina, houve 201 casos de crianças até 13 anos, no primeiro semestre deste ano. Trata-se da chamada transmissão vertical, da mãe para o filho. Em 2003, foram 519 casos de transmissão vertical.

O boletim revela a redução de infectados entre os usuários de drogas, principalmente as mulheres. Há uma década, essa era a forma de infecção feminina em 17% dos casos. Hoje, é responsável por apenas 4,3% das notificações. Entre os homens, passou de 27% para 13%, em dez anos.

A taxa de mortalidade também apresentou estabilidade, nos últimos anos. No público masculino, o índice de 2003 é o mesmo de 2001: 8,8 mortes em cada grupo de 100 mil homens. Entre as mulheres, houve um pequeno aumento, de 3,9 mortes por 100 mil mulheres, em 2001, para 4 mortes por 100 mil, em 2003.

O diretor do Programa Nacional de DST/Aids, Pedro Chequer, destacou que a queda da mortalidade mais acentuada em determinados municípios do país, como São Paulo, é resultado da maior eficiência do sistema de saúde. "Quando o sistema de saúde funciona e responde precocemente ao diagnóstico e ao tratamento, pode-se modificar o perfil da epidemia do ponto de vista da incidência e da mortalidade", afirmou.

Sífilis congênita
O Boletim Epidemiológico de Aids 2004 também apresenta, pela primeira vez, dados sobre sífilis congênita. De janeiro a junho deste ano, foram 2.221 casos da doença em bebês, uma incidência de 0,7 casos a cada mil nascidos vivos. Depois da Aids a sífilis é a doença sexualmente trasmissível mais perigosa.

Segundo o coordenador do Programa Nacional de DST/Aids, Pedro Chequer, o objetivo de divulgar dados sobre a sífilis no boletim é dar destaque a esta outra doença sexualmente transmissível. Sem tratamento, a gestante que estiver com sífilis tem 40% de chance de perder o bebê. Corre o risco ainda de ter um filho com surdez, má formação óssea ou problemas neurológicos.

O boletim revela que a maioria dos casos de sífilis ocorre em mulheres entre 20 e 29 anos, tendo sido a doença diagnosticada durante o pré-natal. Se os números da sífilis se mantiverem no segundo semestre, 2004 terminará com ligeira queda dos índices em relação a 2003, quando foram registradas 4.607 ocorrências congênitas (incidência de 1,5 casos a cada mil nascidos vivos).

 

 

Agência Brasil

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