O número de falências bateu o recorde do ano em setembro puxado por micro e pequenas empresas, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela Serasa Experian.
No mês passado, foram decretadas no país 89 falências de empresas --96,6% do total eram micro ou pequenas--, ante 66 em agosto.
Na análise do acumulado dos primeiros nove meses do ano, o levantamento verificou 627 decretos de falências, sendo 92,5% micro ou pequenas empresas. Vale lembrar que os empreendimentos desse porte representam 97,5% das empresas em atividade no país, de acordo com pesquisa de 2006 do Ministério do Trabalho.
O número de falências requeridas, por sua vez, atingiu o montante de 200 solicitações em setembro, com recuo de 4,8% ante agosto. Desse total, 127 foram feitas por micro e pequenas empresas (63,5% do total). Na análise mensal, o número de falências requeridas vem decrescendo desde maio, acompanhando o processo de recuperação econômica e a volta do crédito às empresas.
Segundo os analistas da Serasa Experian, se as falências requeridas estavam sendo usadas como instrumento de cobrança, agora estão voltando à sua original finalidade, retornando aos patamares pré-crise. Já as falências decretadas ainda sobem, refletindo os pedidos feitos em uma conjuntura econômica anterior.
Na comparação com setembro de 2008, quando houve o agravamento da crise, os pedidos de falência recuaram 2,4%. Já as falências decretadas apresentaram queda de 3,3%.
No comparativo entre os acumulados do ano de 2008 e de 2009, as falências requeridas cresceram 5,0%, e as decretadas caíram 16,2%. Para os analistas da Serasa, esse desempenho, além de mostrar o uso desvirtuado das falências requeridas, também evidencia que as empresas em maiores dificuldades financeiras, neste ano, conseguiram minimizar as falências com a recuperação judicial.
Com relação às recuperações judiciais requeridas, houve um crescimento de 12,8%, passando de 47 em agosto para 53 em setembro. As micro e pequenas empresas responderam por 58,5% do total.
Os analistas observam que as empresas ainda com dificuldades buscam a recuperação, a exemplo das empresas exclusivamente exportadoras, que têm mercados no exterior em recessão e enfrentam o real valorizado, perdendo competitividade.
Para os próximos meses, a expectativa dos especialistas é que as estatísticas de falências e recuperações apresentem volumes menores em decorrência da recuperação econômica, principalmente no último trimestre deste ano.
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