As brasileiras reclamam mais frequentemente de problemas nos olhos do que os brasileiros. É o que diz a pesquisa "Mulheres e Visão: Por Que Elas Sofrem Mais?", divulgada hoje em São Paulo.
Entre as mulheres, 57% disseram ter algum problema de visão. Com os homens, o percentual ficou em 47%. Foram ouvidas 1007 pessoas (598 homens e 409 mulheres) no país.
A pesquisa, promovida pelo Healty Sight Institute, evidenciou o desconhecimento sobre causas de problemas oculares. A maioria não sabe que são prejudiciais fatores como tabagismo (56% desconhecem seu efeito negativo na visão), e desequilíbrio hormonal (55%). O estresse, porém, foi apontado por 52% como prejudicial.
"O tabagismo é fator de risco bastante importante para a catarata", afirma Denise Fornazari, coordenadora do Núcleo de Prevenção à Cegueira da Unicamp. "Há também fatores nutricionais, exposição aos raios UV, predisposição familiar e envelhecimento", conclui.
A administração de pílula anticoncepcional e a menopausa podem causar o chamado olho seco, caracterizado pela redução da produção da lágrima --que, além do desconforto, podem levar a outras alterações nos olhos.
Como prevenção para as causas mais comuns de perda de visão --e que podem ser evitadas ou tratadas--, além de boa alimentação, evitar cigarro e usar óculos com proteção UV, Denise destaca a importância do exame oftalmológico.
"É importante fazer exames periódicos nas crianças, principalmente até os 7 anos. Durante a vida adulta, devem ser feitos pelo menos a cada 2 anos e, nos idosos, anualmente", diz a médica. No consultório, serão verificados pressão, grau e fundo de olho. "As pessoas só vão ao oftalmologista para trocar de óculos. Mas há uma série de doenças importantes que podem ser prevenidas e tratadas."
Nesta quinta-feira (8), comemora-se o Dia Mundial da Visão. Neste ano, a OMS foca na mulher. Atualmente, há 45 milhões de pessoas totalmente cegas no mundo. Dois terços são mulheres.
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