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MS teve o maior aumento de famílias acampadas do País

17 Abr 2007 - 05h31
Mato Grosso do Sul foi o Estado brasileiro com o maior número de famílias a integrar movimentos pró-reforma agrária durante o ano de 2006. No período, um total de 2.870 famílias foram para “debaixo da lona” no Estado, auxiliando na constituição de seis novos acampamentos – o quarto maior total do País. No Brasil, houve o acréscimo de 10.259 famílias ao total que aguardam a reforma agrária, com a criação de 67 novas concentrações de sem-terra.

Os movimentos foram responsáveis pela constituição de acampamentos em Angélica (fazenda Macaco), Batayporã (fazenda Primavera), Bodoquena (fazendas Cachoeira e Boca da Onça), Novo Horizonte do Sul (Someco) e Rio Negro (Serra Brava).

Os dados são da Comissão Pastoral da Terra, dentro do levantamento “Conflitos no Campo Brasil 2006”, apresentado na manhã desta segunda-feira (16 de abril) em Brasília. O documento, que nacionalmente apontou também o aumento da violência no campo, indica que apenas no ano passado o Brasil registrou 39 assassinatos em conflitos por terra – um a mais do que o registrado em 2005. Nenhum homicídio foi consumado, no período, em Mato Grosso Sul.

Durante o ano de 2006, Mato Grosso do Sul teve 39 áreas de conflito agrário, causado por disputas por terras entre acampados, indígenas e proprietários, envolvendo 11.041 famílias e mais de 196 mil hectares. Além disso, foram contabilizados 54 casos de violência contra a pessoa referentes a conflitos, nos quais foram registradas duas mortes em conseqüência desses confrontos e uma tentativa de assassinato. Em todas essas situações, que atingiram 78.939 pessoas, seis pessoas foram presas.

O levantamento da CPT indica que uma pessoa foi vítima de tentativa de homicídio nesses conflitos: o indígena Silvério Recarte (66 anos), rezador guarani-kaiowá, foi ferido com um tiro em um confronto na fazenda São Lucas, na região do Sombrerito, em Sete Quedas, no dia 12 de dezembro de 2006. O fato foi denunciado pelo Cimi.

Já as duas mortes relatadas pela Pastoral seriam conseqüências diretas da briga por terras – envolvendo casos como desnutrição e problemas de saúde causados pela falta de assistência, dentre outros. Tratam-se de duas crianças da etnia guarani-kaiowá, com idade inferior a um ano (Celiandra Peralta e Osvaldo Barbosa), que faleceram na região de Nhanderu-Marangatu, em Antônio João, em 27 de março do ano passado.

No mesmo período, os movimentos ligados à reforma agrária e aos direitos de acampados, indígenas e outras minorias promoveram 29 atos de protesto no Estado. As ações incluíram protestos em rodovias, ocupação de prédios públicos e agências bancárias e um ato contra a instalação de destilarias de álcool na bacia do Paraguai – efetuado na Assembléia Legislativa.

Ocupações – Segundo a CPT, em 2006 foram registradas 22 ocupações de terras no Estado, todas sob responsabilidades de movimentos pró-reforma agrária. As primeiras ações neste sentido ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro do ano passado, nas cidades de Sidrolândia (fazendas Alambari, Eldorado, Eldorado II, Barra Nova, Serra Bonita, Santa Clara e Estrela), Angélica (Santa Rosa), Campo Grande (Morro Bonito), Chapadão do Sul e Costa Rica (Mateira), Corumbá (São Gabriel), Nova Alvorada do Sul (Mutum I), Ribas do Rio Pardo (Avaré), Rio Brilhante (Lagoa Azul), Taquarussu (Bela Manhã) e Terenos (Santa Mônica). Em todo o Brasil, foram 384 ocupações.

Escalada – Conforme comunicado da Pastoral da Terra, entre 1985 e 2006, o país teve 1.104 conflitos com assassinatos, onde morreram 1.464 trabalhadores. Dessas ocorrências, apenas 85 foram a julgamento. O caso mais famoso ocorreu em 17 de abril de 2006, quando 16 sem-terra foram mortos no “massacre de Eldorado do Carajás”, no Pará. Para lembrar a ação dos trabalhadores, em 2002 foi aprovada a lei que instituiu o 17 de abril como o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária.

 
 
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