De 21 de agosto a 3 de setembro, todas as crianças menores de 5 anos têm um compromisso inadiável: comparecer aos postos de saúde para participar da segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. Só que esta etapa tem um apelo especial, pois além da gotinha, as crianças vão receber também a vacina Tríplice Viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba.
A meta principal dessa campanha é imunizar mais de 17 milhões crianças em todo o país contra a pólio e 13,7 milhões contra sarampo, rubéola e caxumba. Em Mato Grosso do Sul, 212 mil crianças deverão receber a vacina contra a pólio e 172 mil a Tríplice Viral.
Em todo o País, cerca de 117 mil postos de saúde e 439 mil pessoas, entre servidores públicos e privados e voluntários, estarão envolvidos na mobilização. O atendimento será realizado no horário de funcionamento normal dos postos, das 8h às 17h. "A proposta do Ministério da Saúde é completar a proteção das crianças contra a poliomielite e protegê-las também do risco da importação do sarampo", afirma o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
Todas as crianças menores de 5 anos - mesmo as que tomaram a vacina na primeira etapa da campanha deste ano - precisam receber a segunda dose contra a pólio. O Ministério da Saúde só pode assegurar o controle da doença se as duas doses forem aplicadas todos os anos. Em relação à vacina contra o sarampo, o secretário explica que esse tipo de campanha é realizado pelo ministério a cada cinco anos. "Para que o País se mantenha sem casos de sarampo, é preciso fazer, além da vacinação normal, essa campanha especial", reforça Jarbas.
"Mesmo o Brasil não tendo casos da doença há quase três anos, o sarampo ainda é muito comum em várias áreas do mundo, inclusive em países desenvolvidos como o Japão, Alemanha e Itália", completa. A vacina evita a reintrodução da doença no Brasil por meio de turistas. Nessa campanha contra o sarampo, o ministério vai utilizar a vacina chamada Tríplice Viral, que protege também contra a rubéola e a caxumba. "Se a criança já foi vacinada, a dose vai servir como um reforço", destaca Jarbas.
Diferente da vacina contra a Pólio, que com uma simples gotinha imuniza a criança, a Tríplice Viral é aplicada por meio de injeção. O secretário explica que quando se trata de uma dose oral, a vacinação pode ser realizada por um voluntário que não seja profissional de saúde. Já quando a vacina é injetável, como no caso do sarampo, a aplicação só pode ser feita por um profissional de saúde capacitado. "O principal objetivo do ministério em realizar essa etapa da campanha em 15 dias é reduzir as filas nos postos de saúde para que os pais não deixem de levar os filhos para receber a dose", afirma o secretário.
O Ministério da Saúde vai fazer todo um trabalho de divulgação para explicar aos pais a importância da vacinação contra a pólio e contra o sarampo. A idéia é obter um bom comparecimento das crianças aos postos. A meta é atingir uma cobertura vacinal de 95% das crianças menores de 5 anos em todo o País. Nessa etapa, serão mobilizados menos profissionais de saúde do que de costume. "Nas campanhas contra a Pólio realizadas em um único dia, mobilizam-se mais pessoas de uma vez só. Dessa vez, vamos mobilizar um número menor de pessoas só que em um período maior de tempo", explica o secretário. Ao todo, serão distribuídas 26,3 milhões de doses da vacina contra a pólio e 20,1 milhões da Tríplice Viral. O recurso investido será de R$ 103,5 milhões.
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