Uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta que são pequenos os gastos em ações de defesa civil da União, estados e municípios, se comparados ao total das despesas.
A entidade analisou as execuções orçamentárias dos entes federados entre 2007 e 2009, e comparou os valores investidos na Defesa Civil.
Os estados, proporcionalmente, são os que mais aplicam recursos na área, com média de 0,25% do total das despesas. Municípios e a União investem, respectivamente, 0,20% e 0,12%. Nos três casos analisados, a CNM avalia que os gastos com Defesa Civil ainda são tímidos.
Em 2009, Mato Grosso do Sul investiu 0,13% de suas despesas com a Defesa Civil - índice bem abaixo da média brasileira. A execução orçamentária daquele ano apontou aplicação de R$ 7,83 milhões no setor, contra R$ 7,15 bilhões em despesas totais feitas pelo Estado. No ranking nacional, MS está apenas na 15º posição.
O Estado com o maior gasto proporcional em 2009 foi o Piauí com 2,76%. Em 2008, o Acre liderou o ranking com 2,31%. Em 2007, Pernambuco liderou com 0,69%.
Atribuições
A Defesa Civil se organiza em sistemas abertos com a participação dos governos locais e da população, com objetivo de fazer prevenção e dar resposta a desastres e calamidades públicas, como a seca e as inundações. Divulgação
A ideia de garantir socorro público no país remonta ao século XIX, e aparece pela primeira vez na Constituição do Império do Brasil em 1824. Mas a criação de um sistema de defesa contra catástrofes só se deu em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial.
A articulação nos Estados surgiu em 1966, após uma grande enchente que assolou a região Sudeste. Neste ano é criada a primeira Defesa Civil estadual, na Guanabara.