O senador Valter Pereira (PMDB) anuncia nesta quarta-feira, em pronunciamento na tribuna do Senado, o seu desligamento do PMDB.
O discurso do senador, que já comunicou sua decisão ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), ocorrerá logo no início da sessão, prevista para ser aberta às 14h.
Valter Pereira também comunicou sua desfiliação aos presidentes nacional, Michel Temer (SP), e regional Esacheu Nascimento, por meio de telefone.
O senador deixa o partido após ter sido derrotado nas prévias para o deputado federal Waldemir Moka, até o momento o único escolhido para disputar uma das vagas a que Mato Grosso do Sul tem direito no senado.
A outra vaga ainda está sendo discutida, já que o vice-governador Murilo Zauith (DEM) tenta se viabilizar politicamente.
Magoado com o grupo político liderado pelo governador André Puccinelli, Valter Pereira deve assinar ficha de filiação no PSB, conforme havia antecipado.
No entanto, o parlamentar prefere aguardar as definições políticas para então se definir. Também não está descartada a possibilidade de ele apoiar a candidatura do ex-governador Zeca do PT, principal adversário do PMDB em Mato Grosso do Sul.
Valter Pereira, da chamada corrente histórica, é do antigo MDB. Assumiu o Senado na condição de suplente do senador Ramez Tebet.
Se trocar de partido, no entanto, não poderá lançar candidatura, já que a legislação exige um ano de filiação.
Acusações
A crise no PMDB acentuou-se depois que o senador acusou seu adversário de praticar aliciamento de eleitores durante as prévias ocorridas em março deste ano.
Ao chegar a escola Joaquim Murtinho em Campo Grande para acompanhar a votação, Valter Pereira denunciou que pessoas ligadas a Moka estariam comprando votos por R$ 50.
Esta suposta prática foi creditada a primeira-dama de Campo Grande, Antonieta Trad, e ao marido da prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet, Eduardo Rocha, ambos negam a acusação.
No resultado final da votação, Moka recebeu 10.501 votos, representando 69%, contra 4.548 votos de Valter Pereira, 30% do total. Foram computados ainda 164 votos brancos ou nulos.
Os principais líderes peemedebistas até que tentaram convencer o senador a permanecer nos quadros do partido. Porém, o parlamentar deixa o grupo demonstrando indignação.
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