Brasília - O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, negou hoje (13) que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) tenha financiado movimentos sociais.
A afirmação foi feita em resposta à acusação de que a entidade teria destinado R$ 115 milhões ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
“Isso não condiz com a realidade. Não se sustenta a ideia de que o governo financie movimentos sociais. Vim comprovar isso aqui”, disse o ministro, pouco antes de participar de audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado.
"O governo não teme a CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] do MST", afirmou Cassel. “O que é indesculpável é criar um ambiente falso a partir de dados errôneos para se criar um caldo e um ambiente favorável à CPI”, completou.
Segundo ele, dos R$ 115 milhões citados por deputados como financiamento ao MST, R$ 65 milhões foram destinados às empresas de assistência técnica e rural dos estados e à associação nacional que representa essas entidades. Além disso, R$ 23 milhões são recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O ministro disse que nem essas empresa nem o BID "é braço armado do MST”, afirmou Cassel.
“O MDA [Ministério do Desenvolvimento Agrário] e o Incra são possivelmente os órgãos mais fiscalizados de toda a Esplanada [dos Ministérios]. Nossos convênios e contratos são fiscalizados com lupa, seja pela CGU [Controladoria-Geral da União], pelo TCU [Tribunal de Contas da União] ou pelo MPF [Ministério Público Federal]”, acrescentou.
O ministro ressaltou que tanto a CPI da Terra quanto a criada para investigar o repasse de recursos a orgnaizações não governamentais (ONGs) examinaram detalhadamente todos os convênios e contratos da pasta e “nenhuma irregularidade foi encontrada”.
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