A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, não vê necessidade de um ajuste dos preços internos da gasolina e do diesel em função dos altos preços do petróleo no mercado internacional.

Segundo ela, "se o realinhamento (do patamar) for permanente, nós iremos tomar essa medida, mas não está nas nossas cogitações", disse referindo-se ao ajuste dos preços da estatal Petrobras.

Dilma afirmou que "ninguém tem como dizer que mudou o patamar", e por isso o governo não vai "submeter o país a um choque de preço se não houver necessidade".

A ministra participou de uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social sobre energia nesta quarta-feira, e enumerou diversas razões para a situação "especulativa" do preço do petróleo no mercado internacional, como o aumento de demanda da China, as eleições americanas, conflitos no Oriente Médio, entre outras.

Para Dilma, o Brasil pode "perfeitamente não acompanhar o movimento especulativo do mercado internacional". Ela brincou com os repórteres dizendo que "tem uma grande vantagem de não terem privatizado a Petrobras".

A ministra falou ainda a respeito de preocupações com a falta de energia para acompanhar o crescimento econômico do país nos próximos anos. Segundo ela, a demora da concessão de licenças ambientais está atrasando projetos importantes para garantir o aumento do número de hidrelétricas no país.

"Quando não tem investimento tem desabastecimento...não tem milagre na área de energia elétrica", lembrou.

Ela informou que 17 projetos de usinas hidrelétricas estão atrasados pela falta de licença, mas que já pediu para que o Ibama libere 11 dessas obras e até o dia 30 de agosto vai solicitar a liberação dos restantes.

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